O senador Eduardo Gomes (MDB), líder do governo no Congresso, disse a O Antagonista que a votação dos vetos de Jair Bolsonaro à lei orçamentária será “a qualquer momento” das próximas duas semanas.

Antes, portanto, como esperado, da manifestação convocada por apoiadores do governo para 15 de março — leia também aqui.

A votação estava prevista para o último dia 12, mas a pressão funcionou: parlamentares do PSL, do PSOL, do Podemos e do Novo, principalmente, se manifestaram contra a derrubada do veto 52 — entenda aqui — e cobraram mais transparência na discussão sobre o controle dos R$ 30,1 bilhões de emendas que estão em jogo neste ano de eleições municipais.

Na ocasião, Davi Alcolumbre, que preside a sessão do Congresso, acabou adiando a votação. Na semana seguinte, ele se reuniu com Luiz Eduardo Ramos e Paulo Guedes. O senador Eduardo Gomes e o deputado Domingos Neto (PSD), relator do Orçamento de 2020, também participaram da conversa. Os congressistas saíram do encontro dizendo que o acordo com o governo para a derrubada do veto 52 havia sido renovado — veja aqui.

Na semana passada, a convocação para o ato do dia 15 ganhou força, depois que o ministro Augusto Heleno soltou um “foda-se” em desabafo durante o hasteamento da bandeira no Palácio da Alvorada — reveja aqui. O contexto era justamente a iminente votação, no Congresso, dos vetos à lei orçamentária. Heleno disse que o Parlamento estava chantageando o governo.