Advogado diz que há risco de suicídio se Assange for extraditado para os EUA
Começou nesta segunda-feira, em Londres, o julgamento do pedido de extradição de Julian Assange...
Começou nesta segunda-feira, em Londres, o julgamento do pedido de extradição de Julian Assange.
Dezenas de manifestantes favoráveis ao fundador do WikiLeaks se aglomeraram em frente ao Tribunal de Woolwich desde as primeiras horas do dia. O barulho era tão grande que as palavras de ordem foram ouvidas dentro da corte.
Edward Fitzgerald, um dos advogados de Assange, disse seu seu cliente não pode ser extraditado para os Estados Unidos porque lá “não teria um julgamento justo”. Uma das consequências disso seria a possibilidade de Assange se suicidar, afirmou o defensor.
Por outro lado, James Lewis, um dos advogados que representam o governo dos Estados Unidos, afirmou que Assange é uma ameaça à segurança nacional do país.
“O que o senhor Assange parece defender como liberdade de expressão não é a publicação de documentos sigilosos, mas a publicação de nomes de fontes, os nomes de pessoas que se colocaram em risco para ajudar os EUA e seus aliados”, disse Lewis.
Nos EUA, Assange é alvo de 18 acusações, entre as quais conspiração e violação da lei de espionagem. Se for condenado em tribunais americanos, pode passar o resto da vida na cadeia.
O fundador do WikiLeaks está preso em Londres desde abril do ano passado e cumpre uma sentença de 50 semanas por violar as condições impostas de uma fiança, paga em 2011.
Na fase inicial do julgamento do pedido de extradição, serão ouvidos os argumentos da acusação e da defesa. O tribunal deve, então, marcar uma nova sessão para o mês de maio. A decisão final deve levar meses para ser anunciada.
Leia também:
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)