Pezão: “Só resta a cereja do bolo, que sou eu”
Fora da prisão há dois meses, o ex-governador do Rio Luiz Fernando Pezão se disse frustrado e "indignado" com Sérgio Cabral, que o envolveu diretamente no esquema de corrupção desvendado pela Lava Jato...
Fora da prisão há dois meses, o ex-governador do Rio Luiz Fernando Pezão se disse frustrado e “indignado” com Sérgio Cabral, que o envolveu diretamente no esquema de corrupção desvendado pela Lava Jato.
“Ele [Cabral] decidiu se voltar para mim na 13ª condenação. Fiquei indignado”, afirmou Pezão em entrevista ao jornal O Globo.
“Tem hora em que fico triste, indignado, decepcionado, mas graças a Deus eu não guardo ódio, rancor e raiva de ninguém. Sou desprovido disso, graças a Deus. Vejo que ele está tentando se defender. Só resta a cereja do bolo, que sou eu”, disse.
“Ninguém falou de mim, só o grupo do Sérgio. O Sérgio mesmo, só depois do 14º depoimento. Antes, ele me chamava de homem probo, honesto e correto. Depois da 13ª condenação, ele começou a se juntar com o Carlos Miranda [operador de Cabral], aquele que o Sérgio chamou de amarra-cachorro dele, que disse que não valia nada. O que posso fazer? O [Luiz Carlos] Bezerra [outro operador do ex-governador] disse que nunca entregou dinheiro para mim. O Ricardo Saud, da JBS, chegou a dizer em depoimento que tinha vergonha de conversar comigo sobre propina. O Renato Pereira [marqueteiro das campanhas de Cabral] fala na delação dele que, quando eu entro como governador, acabaram todos os repasses que existiam por fora.”
Pezão ainda sustenta que não sabia do esquema de corrupção comandado por Cabral.
“Minha responsabilidade era entregar obras e entregamos todas. Não sabia as conversas que o Sérgio tinha. Ele falava disso nos depoimentos: ‘O Pezão não participava’. Agora está dizendo que eu criei essas coisas desde o primeiro momento. Então, o que vale? A palavra dele antes ou agora?”
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