Jantar com Guedes e Ramos não aplacou fome de Maia e Alcolumbre
Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre já estavam cientes ontem das declarações polêmicas feitas pelo general Heleno, em cerimônia no Palácio do Planalto pela manhã. E sinalizaram que o acordo sobre a crise dos R$ 30 bilhões poderia ser rompido. Na reunião a portas fechadas com Jair Bolsonaro...
Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre já estavam cientes ontem das declarações polêmicas feitas pelo general Heleno, em cerimônia no Palácio do Planalto pela manhã. E sinalizaram que o acordo sobre a crise dos R$ 30 bilhões poderia ser rompido.
Na reunião a portas fechadas com Jair Bolsonaro, Luiz Ramos e Paulo Guedes convenceram o presidente a pacificar a situação, entregando metade do valor (R$ 15 bilhões) em emendas aos parlamentares e apresentando hoje o texto da reforma administrativa.
No jantar à noite, na residência oficial do Senado, Guedes e Ramos colocaram na mesa a proposta, que foi recebida com a promessa de ser submetida pelas lideranças partidárias às suas bancadas.
Alcolumbre e Maia fizeram questão de enfatizar aos emissários de Bolsonaro que, ao alocar os R$ 30 bilhões em emendas, o Congresso estava apenas cobrando a fatura prometida pelo próprio governo ao longo do ano passado, em troca da aprovação das reformas de seu interesse.
Mas os ministros argumentaram que várias reformas ainda não foram aprovadas. Ou seja, não era possível entregar todo esse dinheiro antes de confirmadas as votações.
Guedes e Ramos saíram do jantar com a impressão de que o tema estava pacificado, apesar de certa resistência inicial. O vazamento dos áudios de Heleno na imprensa hoje, porém, escancarou o embate.
Com ou sem acordo, o desfecho da crise é incerto.
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