O ministro Luiz Eduardo Ramos tem atuado para evitar que o Congresso derrube o veto de Jair Bolsonaro e entregue mais R$ 30 bilhões do Orçamento aos parlamentares, como mostramos aqui.

O movimento contraria um acordo firmado entre o próprio governo e os presidentes Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, na semana passada.

Na última quarta-feira, Alcolumbre chegou a pautar o veto, mas acabou adiando a votação após perceber que, apesar do acordo, não havia maioria entre os senadores para reverter a situação.

Mais cedo, como noticiamos aqui, o presidente do Senado — e do Congresso Nacional — cancelou uma reunião na qual trataria do assunto com líderes partidários.

Se o veto for derrubado, o parlamento terá direito a R$ 42 bilhões do Orçamento. Esse valor é composto pelas emendas de relator, que somam R$ 30 bilhões — e que passariam a ser controladas pelo Legislativo –, mais as emendas impositivas (aquelas que o Executivo é obrigado a liberar), de bancada e de comissões.