Diplomata em quarentena conta como foi a missão para repatriar brasileiros em Wuhan Diplomata em quarentena conta como foi a missão para repatriar brasileiros em Wuhan
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Diplomata em quarentena conta como foi a missão para repatriar brasileiros em Wuhan

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3 minutos de leitura 13.02.2020 08:45 comentários
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Diplomata em quarentena conta como foi a missão para repatriar brasileiros em Wuhan

Germano Corrêa, diplomata em Pequim, contou a O Antagonista como foram os dias que antecederam a missão de repatriação dos brasileiros em Wuhan...

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Diplomata em quarentena conta como foi a missão para repatriar brasileiros em Wuhan
Entrada de Wuhan

Germano Corrêa, diplomata em Pequim, contou a O Antagonista como foram os dias que antecederam a missão de repatriação dos brasileiros em Wuhan.

Corrêa foi um dos três representantes da embaixada em Pequim que viajaram até Wuhan para auxiliar na evacuação de 34 dos 55 brasileiros. Ele contou que o processo iniciou-se assim que a epidemia foi descoberta, por meio do contato com os compatriotas na província chinesa.

Uma das primeiras surpresas foi a declaração de alguns brasileiros que preferiram ficar em Wuhan a serem resgatados.

“Um dos tradutores que trabalharam com a gente na missão resolveu ficar por lá, em Wuhan. Ele falou que não vinha ao Brasil por uma situação meramente econômica. Falou que se viesse para cá, não teria condições econômicas de voltar para a China. Eu imagino que tenha todo tipo de motivo. Tem gente que já tinha uma rotina estabelecida.”

Dois dias antes do embarque nos aviões VC-2 da FAB, Corrêa e dois colegas — João Magalhães e Flávio Pazeto — entraram em um dos carros da embaixada e dirigiram por 16 horas os 1,2 mil km que separam Pequim de Wuhan.

“A estrada que vai de Pequim até Wuhan é uma autopista que tem quatro faixas de cada lado. Muito grande. A gente dirigiu nesta pista, à noite, nevando, por horas e horas, sem cruzar com nenhum carro. E os postos de gasolina que ficam em volta da pista são muito grandes, mas a gente parava e não tinha ninguém. Só tinha um atendente, bem velinho, que ficava brigando com a gente: ‘Olha, não é para você sair do carro sem colocar a máscara’.”

A cidade de Wuhan, assim como a rodovia que leva a ela, estava menos movimentada que normalmente. Os moradores da província eram orientados a sair de casa somente quando necessário, e, se fosse preciso sair, que vestissem roupas fechadas e usassem máscaras para proteção.

Uma das exigência do governo chinês para que houvesse a evacuação de estrangeiros era que a situação migratória de todos estivesse regular. E, além da papelada, havia a preocupação com que alguém apresentasse sintomas da doença antes de embarcar — motivo pelo qual estrangeiros foram impedidos de serem resgatados momentos antes do avião decolar.

“Havíamos conversado com colegas de outras embaixadas para saber que tipo de dificuldade poderíamos passar. Eram de toda sorte, mas a gente conseguiu fazer tudo no tempo e sem nenhum susto ou sobressalto. Não teve nenhum problema migratório, na alfândega, ninguém teve problema de saúde. Várias embaixadas tiveram que deixar cidadãos para trás por causa de febre, tosse. A gente conseguiu que todo mundo embarcasse e chegasse tranquilamente ao Brasil.”

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