Relatora da CPMI das Fake News acionará MP: “Hans River terá de provar tudo o que disse”
A deputada federal Lídice da Mata (PSB), relatora da CPMI das Fake News, disse a O Antagonista que acionará "imediatamente" o Ministério Público, para que sejam tomadas "as devidas providências" em razão do depoimento, ontem, de Hans River Rio Nascimento, ex-funcionário da empresa de marketing digital Yacows...
A deputada federal Lídice da Mata (PSB), relatora da CPMI das Fake News, disse a O Antagonista que acionará “imediatamente” o Ministério Público, para que sejam tomadas “as devidas providências” em razão do depoimento, ontem, de Hans River Rio Nascimento, ex-funcionário da empresa de marketing digital Yacows.
“Houve um depoimento falso. É preciso que, imediatamente, o Ministério Público investigue e tome as devidas providências.”
River do Rio foi parar na CPMI após aprovação de um requerimento do deputado petista Rui Falcão. Em seu depoimento, o convocado disse que não atuou na campanha de Jair Bolsonaro em 2018, mas, sim, nas campanhas de Fernando Haddad (PT) e Henrique Meirelles (MDB).
“Ele vai ter que provar tudo o que disse. Desde o início, eu estava desconfiada. Ele quis criar problema com alguns, sem nenhuma razão. O Rui Falcão em momento algum o chamou de favelado. Ele tentou forjar ali uma acusação de racismo”, comentou Lídice, referindo-se à confusão na comissão antes do início do depoimento — alguns parlamentares tentaram, sem sucesso, fazer com que a oitiva fosse realizada em sessão secreta.
Lídice afirmou que ainda está preparando o relatório final da CPMI e, portanto, não é possível cravar que proporá o indiciamento de River do Rio.
Para a relatora, porém, está claro que o depoente denunciou um crime ao confessar o uso de cadastros não autorizados para os disparos de mensagens em massa durante as eleições de 2018.
“Me deu a impressão de ser uma coisa combinada, uma ação de rede social, o que é algo extremamente ruim. Ele fez declarações inconsistentes. A todo instante, perguntávamos se ele tinha ciência de que mentir na CPMI resultaria punições. Não podemos ficar em silêncio diante disso. Alguns queriam uma medida extremada ontem, que fosse decretada a prisão dele, mas o presidente da CPMI foi precavido.”
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