Diego Amorim nos conta, também em vídeo, o que esperar desta semana em Brasília, em cinco pontos:
1) A semana começa com a repercussão da morte do miliciano Adriano da Nóbrega, o Capitão Adriano, um dos investigados no esquema de rachadinha de Flávio Bolsonaro.
O ex-policial militar, segundo a polícia, foi morto depois de reagir à tentativa de sua prisão durante uma operação na Bahia.
Adriano estava escondido em um sítio que pertence a um vereador do PSL. O vereador admitiu que o sítio é dele, mas afirmou não saber que o miliciano estava escondido lá com armas e 13 celulares.
2) Vamos ver o que vai sair do Congresso nesta semana.
Está marcada sessão para analisar vetos presidenciais sobre o chamado Orçamento impositivo. O Parlamento tem dado sinais de força quanto ao controle dos recursos públicos.
Se deputados e senadores derrubarem esses vetos — e a tendência é essa –, impedirão que as emendas sejam liberadas somente no fim do ano, como de costume. Eles querem garantir a grana antes das eleições municipais de outubro.
A agenda nos plenários da Câmara e do Senado pode ficar prejudicada nesta semana, porque Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre vão viajar na quarta-feira para um evento em Washington.
3) Na Comissão de Relações Exteriores do Senado, está marcada para quinta-feira a sabatina de Nestor Forster, indicado por Jair Bolsonaro para ser o novo embaixador do Brasil na capital americana.
Essa era a vaga que o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do presidente da República, queria.
No mesmo colegiado do Senado, é provável que seja votado nesta semana, como O Antagonista antecipou, um projeto para tornar mais rígidas as regras do uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) por autoridades da República.
4) Também nesta semana, deverá ser finalmente criada a comissão mista que debaterá a reforma tributária. Serão 20 deputados e 20 senadores no colegiado.
O governo ainda não decidiu se enviará sua proposta ou se vai aguardar a definição dos parlamentares sobre a unificação das propostas que já tramitam no Congresso, para fazer sugestões.
Quanto à reforma administrativa, a previsão é que o governo entregue o texto nas próximas semanas. Na semana passada, em palestra da FGV, o ministro da Economia, Paulo Guedes, chamou os servidores de parasitas.
5) Amanhã, terça-feira, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, vai à Comissão de Educação do Senado.
Na semana passada, também como O Antagonista antecipou, foi aprovado um requerimento de convite para que o ministro dê explicações sobre a crise durante o último Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio.
Além disso, vamos continuar monitorando a situação da Aliança pelo Brasil, porque está cada vez mais difícil o futuro partido de Jair Bolsonaro e de seus aliados sair do papel a tempo das eleições municipais deste ano.
Bom dia e boa semana.