Schwartsman: “Interesses de curto prazo adiam ajuste em alguns anos”
Alexandre Schwartsman, ex-diretor de assuntos internacionais do BC, afirma que ceder a interesses de curto prazo só vai adiar o ajuste das contas públicas...
Alexandre Schwartsman, ex-diretor de assuntos internacionais do BC, afirma que ceder a interesses de curto prazo só vai adiar o ajuste das contas públicas. Confira os trechos da entrevista a O Financista, publicada na newsletter de O Antagonista deste domingo:
O Financista: Qual é o custo efetivo de se ceder em questões de curto prazo?
Schwartsman: Levará o Brasil a precisar de mais anos para arrumar as contas. Todo mundo que estuda seriamente a questão diz que, no melhor cenário, a trajetória da dívida pública só se reverterá em 2021, 2022. Toda vez que você cede a interesses de curto prazo, você adiciona um ou dois anos a essa conta. Além disso, há riscos consideráveis no caminho. A única saída que restou ao Brasil foi um ajuste de longo prazo. Só que, nesse meio tempo, haverá muitos momentos em que ele será questionado: nas eleições de 2018 e de 2022, por exemplo.
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