Presidente do BNDES precisa explicar contratação de investigação privada
O BNDES divulgou relatório de uma investigação privada encomendada aos escritórios de advocacia Cleary Gottlieb Stenn & Hamilton e Levy & Salomão Advogados. O objetivo era verificar ilegalidades em oito operações de crédito com JBS, Bertin e Eldorado Celulose. Curiosamente, a auditoria concluiu pela ausência de corrupção nessas operações ou mesmo de influência indevida de Guido Mantega, Luciano Coutinho ou qualquer outra pessoa. ...
O BNDES divulgou relatório de uma investigação privada encomendada aos escritórios de advocacia Cleary Gottlieb Stenn & Hamilton e Levy & Salomão Advogados. O objetivo era verificar ilegalidades em oito operações de crédito com JBS, Bertin e Eldorado Celulose.
Curiosamente, a auditoria concluiu pela ausência de corrupção nessas operações ou mesmo de influência indevida de Guido Mantega, Luciano Coutinho ou qualquer outra pessoa. O escritório responsável pela investigação, porém, fez uma ressalva: “Não teve acesso a certos documentos e testemunhas importantes.”
Cabem aqui vários questionamentos: se o o próprio BNDES contratou os escritórios, por que eles não tiveram acesso a “certos documentos e testemunhas importantes”?
Aliás, são públicas as denúncias da força-tarefa da Operação Bullish, os anexos do acordo da JBS e os relatórios de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) que atestam uma série de ilegalidades nos financiamentos citados e em vários outros. Há ainda a delação de Antonio Palocci.
Os responsáveis foram presos, processados e, em vários casos, condenados.
O presidente do BNDES, Gustavo Montezano, precisa explicar, urgentemente, por que torrou R$ 48 milhões numa investigação privada que não encontrou aquilo que as investigações públicas já cansaram de mostrar.
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