Auditoria no DPVAT encontrou articulação por escritório ligado a Francischini
A auditoria da KPMG nas contas do DPVAT encontrou uma articulação para contratar o escritório Kfouri & Gorski Sociedade de Advogados, que teria ligações com o então deputado federal Fernando Francischini (PSL), atual deputado estadual no Paraná...
A auditoria da KPMG nas contas do DPVAT encontrou uma articulação para contratar o escritório Kfouri & Gorski Sociedade de Advogados, que teria ligações com o então deputado federal Fernando Francischini, atual deputado estadual no Paraná.
O documento afirma que Ricardo Xavier, então presidente da Seguradora Líder, que administra os recursos do DPVAT, conversou sobre a contratação da banca de advogados. Os representantes da líder chegaram a pensar que o escritório teria a mulher de Francischini entre os sócios, mas a KPMG não encontro registros oficiais dessa relação.
Ricardo Xavier encaminhou mensagem ao diretor jurídico Marcelo Davoli sugerindo datas para a realização da reunião e afirma: “Devemos recebe-los para conhecimento, a esposa do Deputado Federal Fernando Francischini é sócia e ele falou comigo”.
A KPMG apontou que Gustavo Kfouri é advogado de Francischini, enquanto outra profissional associada ao escritório, Aline Kfouri, atuou como secretária parlamentar dele na Câmara.
Integrante da CPI do DPVAT, Franscischini apresentou requerimento de convocação de Xavier para “apresentar as fraudes e irregularidades identificadas pela Seguradora Líder em sua gestão”. Xavier compareceu à CPI em julho daquele ano.
“Em todo caso, é importante mencionar que foi possível identificar que o referido escritório e o advogado Gustavo Swain Kfouri são publicamente apontados como advogados do Deputado Francischini, tendo inclusive a advogada associada ao escritório, Sra. Aline Fernanda Pereira Kfouri, ocupado cargo em comissão de Secretário Parlamentar no Gabiente do Deputado Delegado Francischini, sendo exonerada em 27 de Janeiro de 2017, conforme publicado pela Câmara dos Deputados no Suplemento ao Boletim Administrativo n. 22, em 31 de janeiro de 2017. Além disso, foi possível também identificar contratação do referido escritório pelo gabinete do Deputado Francischini em 12/2015 pelo valor de R$ 50.000,00 por “Consultorias, Pesquisas e Trabalhos Técnicos”, diz a consultoria.
Em nota, Francischini afirmou que “a própria consultoria KPMG contratada pela Seguradora Lider, ao final, conclui que minha esposa não era sócia do escritório jurídico citado, o que torna absurda a tese de qualquer conflito de interesses em virtude de tal Escritório ter atuado como um mero prestador de serviços jurídicos a favor de meu mandato parlamentar no ano 2015, um ano antes da CPI do DPVAT. São relações independentes que não se correlacionam”.
Segundo o texto, “trata-se de escritório profissional com atividade autônoma, que é referência no Paraná na área eleitoral/criminal, que detém vínculo com dezenas de deputados atendidos como clientes. E novamente a própria consultoria contratada afirma que as “subcontratações” não são práticas proibidas. A própria Consultoria também menciona que não foi possível confirmar se as supostas reuniões ocorreram e nem confirmaram se ocorreram deliberações. Assim fica claro, que juntaram um monte de informações e ilações sem confirmação”.
O deputado afirma que a suposta reunião mencionada pela consultoria teria ocorrido em um gabinete inexistente e quando estava licenciado do mandato. Ele afirma que, em nenhum momento de seu mandato poderia ter influido a favor ou contra os interesses da Lider ou Dpvat. Muito pelo contrario, zelou pelos interesses publicos.
“As ilações que a consultoria – contratada por grupos dissidentes e no contexto de disputa pela direção da Lider DPVAT – traz foram , criminosamente e com objetivos espúrios, incluídos sem levar em conta os fatos citados e será motivo de ações judiciais cível e criminal contra os responsáveis.”
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