Demissões na Casa de Rui Barbosa geram protestos
Além da exoneração de Lucia Maria Velloso de Oliveira, diretora-executiva e número 2 da Fundação Casa de Rui Barbosa, o governo mandou embora cinco pesquisadores que eram considerados referências na instituição...
Além da exoneração de Lucia Maria Velloso de Oliveira, diretora-executiva e número 2 da Fundação Casa de Rui Barbosa, o governo mandou embora cinco pesquisadores que eram considerados referências na instituição.
No início do mês, foram dispensados o cientista político Charles Gomes, a jornalista Jöelle Rouchou, a ensaísta Flora Sussekind, o sociólogo e escritor José Almino de Alencar, além de Antonio Herculano Lopes, diretor do centro de pesquisa da fundação.
Rouchou é a única dos cinco que não foi exonerada — mas dispensada, o que significa que continua na fundação.
Na última terça-feira, dia 14, um grupo de manifestantes protestou em frente à sede da fundação, no bairro de Botafogo, no Rio. Eles também leram um manifesto contra o “desmonte” da instituição.
Em meio a um princípio de tumulto, as portas da Casa de Rui Barbosa tiveram de ser fechadas. O protesto, então, prosseguiu na rua, acompanhado pela PM.
Ontem, como noticiamos, Roberto Alvim, secretário de Cultura do governo federal, cancelou uma nomeação para a fundação devido às críticas do escolhido a Jair Bolsonaro.
Professor da UERJ e servidor concursado da fundação, Christian Lynch publicou no ano passado um artigo em que diz ver no governo Bolsonaro “o autoritarismo, o gosto pela hierarquia mantida pela violência, a exploração predatória da natureza, a boçalidade intelectual, o sadismo a respeito dos mais fracos”.
“As ideias dele sobre o presidente são execráveis, porque mentirosas e manipuladoras, e portanto ele não pode compor com nosso governo como parte da equipe de confiança”, justificou Alvim.
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