Desembargador que censurou Porta dos Fundos escreveu que juízes não são privilegiados
O desembargador Benedicto Abicair, que mandou a Netflix retirar do ar o especial de Natal do Porta dos Fundos, já escreveu que os juízes brasileiros não são privilegiados...
O desembargador Benedicto Abicair, que mandou a Netflix retirar do ar o especial de Natal do Porta dos Fundos, já escreveu que os juízes brasileiros não são privilegiados.
“Não é verdade que os juízes são ‘privilegiados’ e que recebem ganhos exorbitantes”, escreveu, em artigo publicado em março de 2018 no site Consultor Jurídico.
“Os candidatos cursaram nove anos de ensino fundamental, três de ensino médio, cinco de faculdade e ao menos três de curso preparatório, totalizando 20 anos em salas de aula, por cinco horas, e outras tantas em casa, inclusive aos sábados, domingos e feriados, varando madrugadas, esquecendo família, amigos, festas, namoros e viagens”.
Depois do concurso, escreveu, o juiz “[e]xercerá o cargo residindo em lugares longínquos e em acomodações precárias, solitariamente, para, após dez anos, se tornar titular em vara de entrância especial, que não será na sua cidade natal. Também não terá sábados, domingos e feriados”.
“Convém lembrar da malfadada Emenda Constitucional 41, que criou o teto dos subsídios e extinguiu o adicional por tempo de serviço”, acrescentou.
“Atente-se, ainda, ao fato de que o juiz, ‘privilegiado’, não pode exercer qualquer outra atividade remunerada, exceto no magistério (?!), onde é impossível repor as perdas e menos ainda obter ganhos extravagantes”.
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