ENTREVISTA: “A impunidade faz parte do custo Brasil. Combatê-la fortalece a democracia”, diz Moro
No terceiro bloco da entrevista exclusiva a O Antagonista, Sergio Moro faz uma avaliação dos ataques que a Lava Jato sofreu neste ano e comenta o impacto negativo que a impunidade tem na economia e no próprio sistema democrático...
No terceiro bloco da entrevista exclusiva a O Antagonista, Sergio Moro faz uma avaliação dos ataques que a Lava Jato sofreu neste ano e comenta o impacto negativo que a impunidade tem na economia e no próprio sistema democrático.
“A impunidade deixa nossa economia para trás. Faz parte do custo Brasil. Quanto a economia se comportou de maneira ineficiente nos tempos da corrupção sistêmica? A ver o que foi feito com a Petrobras, investimentos que não se justificavam, compra de refinarias obsoletas, construção de refinarias por décuplo do preço. Sem falar de construção de estádios de futebol que não têm demanda suficiente para se sustentar.”
E mais: “Muito desse sentimento de desapontamento com a democracia decorre da percepção de que agentes públicos perseguem, não o interesse público, mas interesses especiais. Combater a corrupção também é uma forma de fortalecer a democracia.”
Moro também revela bastidores da disputa pelo Coaf, comenta sua experiência nas negociações com o Congresso e defende o papel do STF nos avanços institucionais da Lava Jato, apesar da percepção negativa da sociedade.
“Há cinco, seis anos atrás acreditávamos que eramos um país fracassado no combate à corrupção. Isso começa a mudar a partir da julgamento da ação penal 470 pelo Supremo Tribunal Federal. Logo depois, veio a Lava Jato. É muito difícil um país, uma democracia, ter a capacidade institucional de tratar de acusações envolvendo um presidente da Câmara, ex-presidente da República, parlamentares, agentes poderosíssimos do mercado privado.”
O ministro também alerta que o governo federal passou este primeiro ano “sem escândalos de corrupção relevantes”, mas que sempre “pode acontecer”. “Não se tem o controle de tudo o que se faz. Mas não vejo nenhuma institucionalização. Se acontecer, será à revelia do conhecimento do Ministério da Justiça e do próprio presidente. E se (crimes) forem constatados, serão punidos.”
O assinante do aplicativo A+ assiste à entrevista de Moro em primeira mão.
Confira aqui o segundo bloco: ENTREVISTA: “Vai passar o tempo e ninguém vai se lembrar disso, porque é ridículo”, diz Moro sobre ‘Vaza Jato’
ENTREVISTA: “A impunidade faz parte do custo Brasil. Combatê-la fortalece a democracia”, diz Moro
No terceiro bloco da entrevista exclusiva a O Antagonista, Sergio Moro faz uma avaliação dos ataques que a Lava Jato sofreu neste ano e comenta o impacto negativo que a impunidade tem na economia e no próprio sistema democrático...
No terceiro bloco da entrevista exclusiva a O Antagonista, Sergio Moro faz uma avaliação dos ataques que a Lava Jato sofreu neste ano e comenta o impacto negativo que a impunidade tem na economia e no próprio sistema democrático.
“A impunidade deixa nossa economia para trás. Faz parte do custo Brasil. Quanto a economia se comportou de maneira ineficiente nos tempos da corrupção sistêmica? A ver o que foi feito com a Petrobras, investimentos que não se justificavam, compra de refinarias obsoletas, construção de refinarias por décuplo do preço. Sem falar de construção de estádios de futebol que não têm demanda suficiente para se sustentar.”
E mais: “Muito desse sentimento de desapontamento com a democracia decorre da percepção de que agentes públicos perseguem, não o interesse público, mas interesses especiais. Combater a corrupção também é uma forma de fortalecer a democracia.”
Moro também revela bastidores da disputa pelo Coaf, comenta sua experiência nas negociações com o Congresso e defende o papel do STF nos avanços institucionais da Lava Jato, apesar da percepção negativa da sociedade.
“Há cinco, seis anos atrás acreditávamos que eramos um país fracassado no combate à corrupção. Isso começa a mudar a partir da julgamento da ação penal 470 pelo Supremo Tribunal Federal. Logo depois, veio a Lava Jato. É muito difícil um país, uma democracia, ter a capacidade institucional de tratar de acusações envolvendo um presidente da Câmara, ex-presidente da República, parlamentares, agentes poderosíssimos do mercado privado.”
O ministro também alerta que o governo federal passou este primeiro ano “sem escândalos de corrupção relevantes”, mas que sempre “pode acontecer”. “Não se tem o controle de tudo o que se faz. Mas não vejo nenhuma institucionalização. Se acontecer, será à revelia do conhecimento do Ministério da Justiça e do próprio presidente. E se (crimes) forem constatados, serão punidos.”
O assinante do aplicativo A+ assiste à entrevista de Moro em primeira mão.
Confira aqui o segundo bloco: ENTREVISTA: “Vai passar o tempo e ninguém vai se lembrar disso, porque é ridículo”, diz Moro sobre ‘Vaza Jato’