Acusado de comprar sentenças na Bahia nega envolvimento em assassinato de testemunha
A defesa de Adailton Maturino, acusado de comprar decisões judiciais no Tribunal de Justiça da Bahia, negou, em nota, envolvimento dele no assassinato, em 2014, de Genivaldo dos Santos Souza...
A defesa de Adailton Maturino, acusado de comprar decisões judiciais no Tribunal de Justiça da Bahia, negou, em nota, envolvimento dele no assassinato, em 2014, de Genivaldo dos Santos Souza.
O caso é mencionado na denúncia da Operação Faroeste, que acusa magistrados e advogados de negociarem sentenças em favor de um megaesquema de grilagem de terras no oeste baiano.
Em 2014, Genivaldo narrou ter presenciado um encontro em dezembro de 2013 entre Adailton e Joílson Dias, supostamente favorecido pelas decisões, no qual eles teriam comemorado uma liminar concedida em setembro daquele ano pela desembargadora Maria da Graça Osório.
Os advogados de Adailton consideram “conjecturas incertas e descabidas” insinuações de que o cliente tenha relação com o assassinato. Genivaldo registrou o episódio num cartório em abril de 2014, quatro meses após o suposto encontro.
“Genivaldo não procurou uma autoridade policial, para realizar boletim de ocorrência, tampouco o Ministério Público ou a Justiça, para denunciar o ocorrido. Agiu de forma privada, para claramente satisfazer interesses do grupo ao qual estava envolvido”, afirmam.
A defesa de Adailton também nega envolvimento do cliente na compra de decisões, que diz terem sido regulares, por reconhecer o direito de José Valter Dias, pai de Joílson, sobre as terras.
“A investigação criminal em curso está essencialmente invertida, transformando as verdadeiras vítimas em vilões, e criminalizando a atuação regular de magistrados, que decidiram, a partir do seu livre convencimento, em estrito cotejo às instruções probatórias constantes dos autos, princípios básicos norteadores da magistratura”, afirmam.
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