A mãezona e seus filhos
O peso do funcionalismo público em Brasília -- não só na tímida economia local como no "jeito de ser" da cidade -- é causa e consequência de uma cultura que faz do Estado uma mãezona que tem de dar conta dos "filhos" servidores. É essa mentalidade que, em parte, ajuda a explicar a onda de greves...
O peso do funcionalismo público em Brasília — não só na tímida economia local como no “jeito de ser” da cidade — é causa e consequência de uma cultura que faz do Estado uma mãezona que tem de dar conta dos “filhos” servidores. É essa mentalidade que, em parte, ajuda a explicar a onda de greves.
Os servidores públicos representam cerca de 22% da população ocupada do Distrito Federal. Estão longe de serem maioria numericamente, como o senso comum pode ser tentado a perceber. Porém, respondem por metade da massa salarial do DF, de acordo com dados da Codeplan, uma espécie de Ipea local: ou seja, a cada dois reais que circulam em Brasília, um real sai do bolso de um servidor.
A administração pública responde por 55,2% do PIB da capital federal. O segundo setor mais influente, o de “outros serviços”, responde por 11,3% das riquezas locais.
O PIB per capita do DF é o maior do país: R$ 64.653 anuais, praticamente o triplo do PIB per capita médio nacional, de R$ 22.646.
São filhos caros.
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