Curso acelerado em teoria constitucional
O impeachment de Dilma Rousseff deu uma série de lições à América Latina, segundo a Economist:"Uma delas é que Dilma pagou o preço máximo por sua irresponsabilidade fiscal (cuja extensão ultrapassou em muito a minúcias contábeis usadas para condená-la)...
O impeachment de Dilma Rousseff deu uma série de lições à América Latina, segundo a Economist:
“Uma delas é que Dilma pagou o preço máximo por sua irresponsabilidade fiscal (cuja extensão ultrapassou em muito a minúcias contábeis usadas para condená-la). Isso deveria servir como advertência salutar para os políticos gastões da América Latina.
A segunda lição é que os brasileiros querem cobrar os governantes por seus atos. Temer perderá toda a legitimidade se se render à pressão dos aliados para conter as investigações sobre o escândalo da Petrobrás ou ajudar Cunha a se livrar da Justiça.
A terceira lição é que o Brasil, com sua sólida tradição parlamentar, é um País em que nenhum presidente consegue governar contra o Congresso. Quando brande os 54 milhões de votos que teve na eleição de 2014, Dilma se esquece de que esses votos também foram dados a Temer e que o senadores exercem mandatos igualmente democráticos.
Pode-se concluir, assim, que o Brasil acabou oferecendo um curso acelerado em teoria constitucional para líderes como Nicolás Maduro, o presidente ditatorial da Venezuela. O legado de um impeachment conflituoso não é de todo mau”.
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