“Embaixadora designada por Guaidó poderia ter chamado o Batalhão Rio Branco”
Uma fonte do Itamaraty resumiu a visão de muitos diplomatas brasileiros sobre o que está ocorrendo na embaixada da Venezuela em Brasília: "Desde princípios de 2018 não há em Brasília um Embaixador designado pelo regime chavista. E não há porque eles tomaram a decisão de declarar o nosso Embaixador em Caracas persona non grata. Numa aplicação estrita do princípio da reciprocidade, fizemos o mesmo com o Embaixador do Maduro em Brasília....
Uma fonte do Itamaraty resumiu a visão de muitos diplomatas brasileiros sobre o que está ocorrendo na embaixada da Venezuela em Brasília:
“Desde princípios de 2018 não há em Brasília um Embaixador designado pelo regime chavista. E não há porque eles tomaram a decisão de declarar o nosso Embaixador em Caracas persona non grata. Numa aplicação estrita do princípio da reciprocidade, fizemos o mesmo com o Embaixador do Maduro em Brasília.”
E mais:
“Quando reconhecemos o Guaidó como ‘Presidente-encarregado’, aceitamos também acreditar aqui uma Embaixadora designada pelo Guaidó, a senhora María Teresa Belandria. Goste-se ou não, a partir do momento em que ela apresentou as suas credenciais ao Presidente da República (o que terá ocorrido aí para maio), é ela a única Embaixadora da Venezuela reconhecida pelo Estado brasileiro.”
E ainda:
“A partir desse momento, a nossa única interlocução oficial é com ela. Ela se torna a autoridade máxima nas dependências de sua Embaixada, e ela tem o poder de avisar-nos, por notas diplomáticas, que funcionários estão ali a serviço regular do governo que a enviou para Brasília, e que reconhecemos. Teoricamente ela poderia, já desde o primeiro momento, ‘desacreditar’ os funcionários rebeldes e pedir apoio do Batalhão Rio Branco para assumir o controle físico de sua Embaixada (onde só podemos ingressar mediante autorização da única autoridade reconhecida, que é a Embaixadora Belandria, a Embaixadora do Guaidó). Não terá sido feito porque ninguém quis turvar ainda mais as águas.”
Por fim:
“Se, no entanto, é verdade que essa senhora ingressou hoje na Embaixada mediante acordo prévio com o pessoal diplomático que lá se encontrava, perfaz-se a situação que se deveria ter construído desde maio, que é a de a Embaixadora acreditada assumir o controle das dependências que cabe a ela, e unicamente a ela, controlar. Autoridade nenhuma — nem senador, nem deputado — tem qualquer prerrogativa de ali entrar pela força, e particulares que porventura obstruam a livre circulação da Embaixadora Belandria estão, eles sim, dando ensejo a ilícitos internacionais.”
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