EXCLUSIVO: “TEM UMA LINHA DE INVESTIGAÇÃO DE ALGUÉM PRÓXIMO DE MIM”, DIZ BOLSONARO SOBRE CASO ADÉLIO
Na quarta parte da entrevista exclusiva a O Antagonista, Jair Bolsonaro diz acreditar que a investigação do caso Adélio está próxima de um desfecho e o compara com a investigação do assassinato de Marielle Franco. Para Bolsonaro, há indícios de manipulação do processo...
Na quarta parte da entrevista exclusiva a O Antagonista, Jair Bolsonaro diz acreditar que a investigação do caso Adélio está próxima de um desfecho e o compara com a investigação do assassinato de Marielle Franco.
Para Bolsonaro, há indícios de manipulação do processo.
Ao confirmar sua intenção em conversar olho no olho com o homem que tentou matá-lo, o presidente revela que a Polícia Federal teria aberto uma nova linha de investigação que poderia chegar a alguém próximo.
“Tem uma linha de investigação de possivelmente alguém próximo de mim.”
Leia as outras três partes anteriores da entrevista: AQUI, AQUI E AQUI.
O Antagonista – Em relação à investigação do Adélio, surgiram informações recentes de um outro interno que queria falar, mediante acordo. Mas é um hospital psiquiátrico… O sr acha que as investigações chegarão a termo?
Bolsonaro – Eu não posso fabricar um mandante. Forçar a barra, como outros fazem, como o pessoal da esquerda geralmente faz. O processo não foi fechado ainda. Existe uma linha de investigação, quem é que poderia ter pago o Adélio para cumprir essa missão. Tivemos um fato nebuloso que o nome do Adélio apareceu na Câmara no dia do atentado (fato revelado por O Antagonista). Isso também está sendo investigado. Tem uma linha de investigação de possivelmente alguém próximo de mim. Eu não estou tendo acesso ao processo, faço questão de não ter acesso, até para evitar alguém me acusar de estar conduzindo o processo. Mas eu acho que a Polícia Federal, entre meu caso e o da Marielle, o meu é muito menos difícil de ser desvendado que o dela. No caso dela, você não tem ainda uma prova contundente. Teve aquela dupla de ex-policiais militares. E até pelo fato de tentarem jogar para mim essa possibilidade, com todas as evidências em contrário, é uma forma que, pelo que parece… tem gente dentro do processo, que quer conduzir para outras pessoas, se não as verdadeiras possíveis mandantes do caso Marielle. No meu caso, pode estar havendo algo parecido.
O Antagonista – Pode ter manipulação?
Bolsonaro – Pode. É possível, é possível. No meu caso, pelo que ouvi até agora, não só na imprensa, mas de pessoas que estão aí gravitando, que você como presidente começa a conhecer mais gente, mais gente interessada em conversar contigo, acho que está na iminência de desvendar o caso Adélio.
O Antagonista – Surgiu a informação de que o sr poderia ir ao hospital psiquiátrico visitá-lo. É verdade?
Bolsonaro – Primeiro que não acredito que ele seja maluco. Se fosse maluco já teria feito besteira antes por aí. Pelo menos, ninguém conhece a vida pregressa dele. Então, essa possibilidade (de encontrá-lo) passou pela minha cabeça. Conversei com as pessoas mais próximas, mas até o momento fui desaconselhado. Então, estou esperando amadurecer um pouquinho mais. Não iria para visitá-lo. Seria precedido de um contato, se ele tiver interesse, sim. Mas gostaria de conversar com ele, sim, mas jamais perdoá-lo. Pode ter certeza disso. Ele está condenado a viver eternamente no manicômio judicial. Lógico que o laudo dado pode ser revisto. Uma vez revertido, ele pode ter o benefício de uma possível delação premiada. Cada vez mais a vida dele está em risco. No meu entender, ele tem tudo para ser um Celso Daniel.
O Antagonista – Na questão do Queiroz, surgiram áudios recentes. O sr. acha que ele está se sentindo abandonado, está mandando recado?
Bolsonaro – Ele fala na fita que está abandonado. Desde quando estourou o caso, nunca mais conversei com ele. Eu o conhecia desde 1985. Foi meu soldado na Brigada de Infantaria Paraquedista. Depois entrou na Polícia Militar, acho que, como segundo sargento, voltou a fazer contato comigo. Sempre tive os melhores conceitos, curtia férias comigo em Mambucaba. Eu também confiava nele muito, até que aconteceu esse episódio aí. Pelo que estou sabendo, ele já teria prestado informações por escrito ao MP do Rio de Janeiro.
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