Agamenon: uma semana sem enfim
Se você é daqueles que ficam tentando entender o que está acontecendo no Brasil, seus problemas acabaram. Agora é que não vai entender nada mesmo. Pare um táxi e mande-o seguir o meu raciocínio...
Se você é daqueles que ficam tentando entender o que está acontecendo no Brasil, seus problemas acabaram. Agora é que não vai entender nada mesmo. Pare um táxi e mande-o seguir o meu raciocínio.
O STF (Supremo Tribunal de Frango) tomou uma decisão antológica. Antológica no sentido do conhecido Tapirus terrestris, o perissodáctilo da família Tapiridae e gênero Tapirus, a popular anta, o maior mamífero brasileiro. E digo mais: além de antológica, a decisão de não prender condenado em segunda instância tem um sentido ecológico, ou seja, preservar o corrupto, uma espécie da nossa fauna que corria risco de extinção.
Felizmente, e graças à maioria do nosso Excelso Sodalício, o corrupto, de nome científico Corruptus brasiliensis, está a salvo e continuará livre, leve e solto, gorjeando em nossas florestas do Judiciário, praias do Executivo e serras do Legislativo. E isso em níveis federal, estadual e municipal. Depois dizem que os brasileiros não se preocupam com o meio ambiente…
Mas, afinal, o que é um corrupto? É uma ave? É um réptil? Um inseto? Um mamífero? Um marsupial? Tudo isso e mais um pouco, pois o corrupto é um animal político. De rapina.
Na verdade, o corrupto se dá bem em qualquer canto do território nacional, basta que exista uma prefeitura e bons advogados. No entanto, o corrupto prefere viver na montanha, na montanha de verbas. De hábitos diuturnos, o corrupto é muito guloso, se alimenta de jabá e, por isso mesmo, está sempre por cima da carne seca. O corrupto é uma ave, mas não tem penas. Se, por acaso, as tiver, só as cumpre no regime aberto. Não tem asas e, por isso, prefere viajar de jatinho. Migratório por natureza, o corrupto gosta de passar o verão em Miami, Paris ou Nova York. Mas, para botar os seus ovos, ele prefere os paraísos fiscais. O corrupto não se reproduz em cativeiro, mas, graças ao STF, agora vai poder casar.
Assim como o jacaré-do-papo-furado, os corruptos estavam sendo perseguidos pela Polícia Federal, pelo Ministério Público Federal, pelo Coaf e pelo juiz Sergio Moro. Além de arrancar o couro, levavam o patrimônio do corrupto também. Uma barbaridade.
No entanto, esses devastadores da natureza não contavam com a astúcia da Justiça brasileira, que finge que é cega para furar a fila no banco e viajar sentada no metrô. O nosso Phoder Judiciário é como o Papai Noel, a Cegonha, o Coelhinho da Páscoa, o Boi-Tatá, o Curupira e a Mula-sem-cabeça. Tem gente que ainda acredita que ele existe. Na verdade, o que o povo assiste na TV Justiça é só mais uma obra de ficção, uma comédia, com uns caras vestidos com a capa do Batman, mas fazendo o papel do Coringa.
Segundo as previsões da Maju Coutinho, o STF (Supremo Tribunal Foderal) é o grande irresponsável por esse clima que, agora, vai esquentar. A partir de novembro, o país entra em clima de combustão, a chapa fica quente e a temperatura sobe a níveis infernais. Como dizem lá no Senegal: vai fazer um calor brasilianês! E não adiantou nada acabar com o horário de verão, pois, mesmo com esse sol todo, vivemos dias sombrios.
O destino do país estava nas mãos do ministro FoDias PToffolli, que deu o voto de “menerva” e, com uma só canetada, seguiu a teoria-jurídico-laxativa de Gilmar Mentes, para quem “bandido bom é bandido solto”.
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