O cabrito no Petrolão
Segundo Lauro Jardim, Ricardo Pessoa contou aos procuradores da Lava Jato que Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, abriu caminho para sua empreiteira nas obras de Angra 3.Quatro meses atrás, em 25 de janeiro, O Antagonista fez este perfil de Aroldo Cedraz e de seu filho:Uma pequena biografia de Aroldo Cedraz, atual presidente do TCU, que se mostra disposto a ajudar o peemedebista Vital do Rêgo no enterro do processo do Petrolão que corre no tribunal...
Segundo Lauro Jardim, Ricardo Pessoa contou aos procuradores da Lava Jato que Tiago Cedraz, filho do presidente do TCU, Aroldo Cedraz, abriu caminho para sua empreiteira nas obras de Angra 3.
Quatro meses atrás, em 25 de janeiro, O Antagonista fez este perfil de Aroldo Cedraz e de seu filho:
Uma pequena biografia de Aroldo Cedraz, atual presidente do TCU, que se mostra disposto a ajudar o peemedebista Vital do Rêgo no enterro do processo do Petrolão que corre no tribunal.
Aroldo Cedraz nasceu em Valente, na Bahia. Sua paixão é a caprinovinocultura. Vem de berço: seus avós eram tradicionais caprinovicultores e seu pai, Nezinho de Valente, notabilizou-se por ser um grande criador. Aroldo Cedraz é veterinário e defendeu uma tese de mestrado considerada o primeiro trabalho na história da ciência mundial sobre a mortalidade pré-natal de ovinos no Rio Grande do Sul.
Apesar do caminho promissor nos pastos muitas vezes ralos da caprinovinocultura, ele resolveu entrar na política. Elegeu-se deputado federal pelo PRN de Fernando Collor e, na Câmara, fazia parte do que se convencionou chamar de baixíssimo clero.
O ministro implacável com a honestidade é pai de Tiago Cedraz, conhecido em Brasília como “o advogado que topa tudo por dinheiro”. Em 2011, Tiago Cedraz foi citado na operação Voucher, da Polícia Federal, por dar acesso a informações privilegiadas a investigados pelo TCU. O jovem causídico teve, ainda, papel na execução de um contrato suspeito que previa a venda de uma refinaria da Petrobras na Argentina a um empresário da jogatina daquele país. Caso ela se concretizasse, haveria o repasse de 10 milhões de dólares a terceiros. A Polícia Federal tem indícios de que esse dinheiro serviria para distribuir propina entre parlamentares do PMDB. Tiago Cedraz afirma ter saído do negócio antes de ter sido fechado.
O atual presidente do tribunal declarou-se impedido de conduzir processos em que o seu filho é advogado, mas Tiago Cedraz permanece operando dentro do TCU, para a preocupação de alguns ministros. Recentemente, o grupo alertou Aroldo Cedraz sobre a necessidade de deter a influência do rapaz na gestão do tribunal. Seria melhor que ele segurasse o seu cabrito.
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