Diego Amorim nos conta, também em vídeo, os principais destaques desta semana:
1) O Senado deve votar sumariamente o projeto, já chancelado pelo Câmara, que muda regras do fundo eleitoral, aumentando brechas para o caixa dois.
Davi Alcolumbre tentou tratorar essa votação na semana passada, pautando o projeto diretamente no plenário, sem análise prévia em pelo menos uma comissão, sem votação de requerimento de urgência e antes mesmo de o projeto ter chegado oficialmente ao Senado, como mostramos.
Agora, Alcolumbre está disposto a fazer com o que projeto seja votada nesta terça-feira, pela manhã na CCJ e à tarde, em definitivo, no plenário.
2) O requerimento com a terceira tentativa de instalar a CPI da Lava Toga deverá ser protocolado amanhã, terça-feira.
Após a retirada de apoio da senadora Maria do Carmo, do DEM do Sergipe, o grupo pró-CPI conseguiu a assinatura de Elmano Ferrer, do Podemos do Piauí, e o pedido voltou a ter as 27 assinaturas necessárias para ser assinado.
O ministro Gilmar Mendes, em entrevista à Folha de S. Paulo, declarou nesse fim de semana que, se a CPI for instalada, o STF mandará destitui-la.
3) A senadora Selma Arruda vai confirmar nesta semana sua saída do PSL após ter recebido uma ligação de Flávio Bolsonaro, com gritos e xingamentos, segundo ela, pedindo a retirada do apoio à CPI da Lava Toga.
Com isso, o PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, passará a ter somente 3 senadores. E o Podemos, nova legenda de Selma, pulará para 11, se consolidando como segunda maior bancada do Senado e encostando no MDB, que tem 12 senadores.
4) O mandato de Raquel Dodge terminará oficialmente amanhã e Bolsonaro deverá, então, enviar ao Senado a indicação de Augusto Aras, escolhido por ele para ser o novo procurador-geral da República.
Na semana passada, Aras continuou suas visitas a senadores, tendo inclusive participado da reunião do colégio de líderes. Em jantar na casa de Ciro Nogueira, presidente do PP, ele voltou a criticar “excessos” da Lava Jato.
A tendência é que o nome de Aras seja aprovado.
5) Hoje, haverá a quinta e última sessão de discussão da reforma da Previdência no plenário do Senado, antes da votação da proposta em primeiro turno, prevista para a terça-feira da próxima semana.
Tasso Jereissatti, relator da matéria no Senado, confirmou que vai retirar de seu relatório duas alterações: uma envolvendo trabalhadores informais e outra, estados e municípios. O recuo é para evitar qualquer possibilidade de o texto principal voltar para a Câmara.
Todos os pontos mais polêmicos serão debatidos na chamada PEC paralela da Previdência.
Na Câmara, deverá ser apresentado, na comissão especial, parecer favorável à reforma da Previdência dos militares. E a esquerda deverá se movimentar para a instalação da CPI das Mensagens Roubadas, já protocolada.
Bom dia e boa semana.
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