O neoneoconservador Augusto Aras
O subprocurador Augusto Aras, tido como favorito para suceder Raquel Dodge na PGR, é um neoneoconservador. Na sua entrevista à Folha, ontem, ele disse que não enquadraria Jair Bolsonaro na "direita radical", que ele criticou numa entrevista em 2016...
O subprocurador Augusto Aras, tido como favorito para suceder Raquel Dodge na PGR, é um neoneoconservador.
Na sua entrevista à Folha, ontem, ele disse que não enquadraria Jair Bolsonaro na “direita radical”, que ele criticou numa entrevista em 2016:
“Não enquadro por uma razão simples: uma coisa é se fazer um trabalho ideológico de radicalização, outra coisa é se fazer um trabalho, ainda que seja partidário, de defesa da segurança pública e da segurança nacional. Entendo que o presidente Bolsonaro vem buscando a segurança pública e a segurança nacional como valor essencial.”
Ele também negou que o uso da frase “Agora, mais do que nunca, a esperança precisa vencer o medo” fosse em referência a Lula:
“Eu usei uma frase do filósofo Luciano, que viveu no século primeiro da era cristã, que dissera: ‘A esperança venceu o medo’. Essa frase é porque o filósofo concluiu que, para o governante, manter a esperança do povo gerava muito mais expectativa positiva do que o medo.”
E acusou a imprensa, claro:
“Editaram também um discurso meu numa audiência pública, no ano de 2018, versando sobre a criminalização dos movimentos sociais. Pinçaram o nome MST, como se eu fosse um defensor do MST. Certamente se eu fosse do MST eu estaria sentado no Supremo Tribunal Federal, eu não estaria me rebelando contra um estado de coisas que emerge exatamente do período em que o MST esteve criando situações de desconforto para os proprietários rurais.”
Por último:
“Essas edições são uma velha prática que no Brasil é tida como ilícita. O próprio presidente tem sido vítima dessas edições. Ele disse recentemente que no Brasil não tinha fome, e, na verdade, ele quis dizer, e ele disse, o contexto era no sentido de que o Brasil produz alimento para que ninguém passe fome. No entanto, o presidente sofreu uma edição dessa matéria.”
Esqueçam, portanto, tudo o que Aras disse há três anos. A ver se ele esquece também se for indicado para a PGR.
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