Nacionalistazinhos de plantão
Arnaldo Jabor deu um bom depoimento ao Estadão sobre Hector Babenco:"Hector Babenco foi uma alternativa ao cinema novo. Havia cineastas da época que achavam Pixote um filme fascista...
Arnaldo Jabor deu um bom depoimento ao Estadão sobre Hector Babenco:
“Hector Babenco foi uma alternativa ao cinema novo. Havia cineastas da época que achavam Pixote um filme fascista porque, no final, apresentava uma visão emocional, afetiva, do menino, quando, segundo alguns diretores, tinha de ser mais brechtiano. Não se podia falar da miséria a não ser de forma distanciada, crítica. Ora, isso é uma bobagem (…)
Babenco sempre teve uma consciência da universalidade do cinema. Por não ser brasileiro de nascença, ele não era nacionalista, o que o salvou, ao contrário de outros cineastas, prejudicados por um nacionalismo maluco. Quando foi agradecer o sucesso de Pixote, Babenco disse, na época, se sentir satisfeito por ter entrado na comunidade internacional do cinema. Isso me fez entender que ele tinha uma visão muito mais ampla que os nacionalistazinhos de plantão. Babenco é o único cineasta brasileiro a atingir um prestígio internacional ligado ao grande cinema. Glauber Rocha, Bruno Barreto, Cacá Diegues, Nelson Pereira dos Santos, todos são respeitados no exterior, mas apenas Babenco entrou no mundo real do cinema internacional”.
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