Quem for eleito para o comando da Câmara também terá o papel de “vice-presidente”, assumindo o governo na ausência de Michel Temer.

Dentre os dez candidatos, surgem com mais força Rogério Rosso, Rodrigo Maia e Fernando Giacobo. Correm por fora Heráclito Fortes e Cristiane Brasil.

Rosso ganhou popularidade por ter conduzido o processo do impeachment na comissão especial, enquanto Maia reúne no mesmo balaio partidos rivais, como DEM, PPS, PT e PCdoB. Giácobo representa os interesses de Valdemar Costa Neto.

Trata-se de uma eleição atípica, com prazos exíguos, em meio a um processo de impeachment e às vésperas de eleições municipais.

Embora não queira se envolver pessoalmente na disputa, Michel Temer tem sugerido aos líderes que se alinhem em torno de poucos candidatos – dez é muito.

“O ideal seria ter apenas dois candidatos, um do governo e outro da oposição. Mas isso não é possível agora”, disse a O Antagonista um ministro de Temer.

“Chama atenção o fato de ser uma eleição curtíssima, além de ser uma eleição indireta para vice-presidente, caso Dilma seja afastada. Como o presidente deve viajar bastante, quem for eleito na quarta-feira terá uma responsabilidade a mais.”