MBL “paz e amor”
Em entrevista à Folha, Renan Santos, um dos líderes do MBL, disse que o grupo cometeu alguns exageros e, mesmo sem querer, acabou contribuindo para abrir "a caixa de Pandora de um discurso polarizado" na política brasileira...
Em entrevista à Folha, Renan Santos, um dos líderes do MBL, disse que o grupo cometeu alguns exageros e, mesmo sem querer, acabou contribuindo para abrir “a caixa de Pandora de um discurso polarizado” na política brasileira.
Perguntado sobre o que o MBL teria feito de diferente nos últimos anos, Santos afirma: “A gente espetacularizaria menos, simplificamos demais a linguagem política”.
“A gente polarizou, e era fácil e gostoso polarizar. Quando começaram a proliferar as camisetas do Bolsonaro e as pessoas diziam ‘mito, mito’, a ideia de infalibilidade dele, muito foi porque ajudamos a destampar uma caixa de Pandora de um discurso polarizado”, analisa o coordenador nacional do movimento.
Sobre o futuro do MBL, inclusive com o lançamento de um documentário, Renan disse:
“É um MBL que não abdica de seus valores. Não é uma frouxeza no caráter ou nas convicções, mas uma abertura de espírito, uma paz e amor na forma de dialogar com o outro. Nós conversamos e isso vai ser implementado. Não temos pessoas convictas contrárias a isso. Temos pessoas que estão viciadas e presas. Muitas pessoas, incluindo nós, viramos cracudos, craqueiros políticos. Tem que fazer o cara largar da droga do discurso fácil. É simbólico que a gente lance o documentário neste momento, é como se encerrasse um ciclo. Agora vai começar o MBL que chamamos de 3.0.”
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