A ORCRIM no paredão
Eliane Cantanhêde, assim como FHC, também argumenta que nem todos os políticos são ladrões...
Eliane Cantanhêde, assim como FHC, também argumenta que nem todos os políticos são ladrões:
“O risco, principalmente na mídia, é por todo mundo no mesmo paredão e atirar indistintamente.
A Odebrecht, por exemplo, doou para centenas de políticos, em dezenas de campanhas. Toda doação é propina? Todo político é ladrão? Se fosse assim, seria melhor fechar o Congresso, jogar fora a chave da democracia e instalar uma ditadura. Quando, aliás, não há ‘lava jatos’. Ninguém fica sabendo quem é corrupto, quanto rouba, de onde rouba. O sangue e os pelotões de fuzilamento são por razões muito diferentes do combate à corrupção.
Desde as históricas manifestações de junho de 2013, chegamos ao momento mais delicado desse fantástico processo que põe o Brasil na vanguarda dos países emergentes. Fuzilar todos é explodir tudo. Denunciar práticas e punir quem merece é implodir o que tem de ser implodido e construir pontes para o futuro. Nem toda doação de campanha é crime, nem todos são iguais”.
A preocupação de Eliane Cantanhêde é legítima. Mas as investigações da Lava Jato ainda estão em curso. E não sabemos quem deve ser fuzilado e quem deve ser poupado. Só poderemos “construir pontes para o futuro” depois que os membros da ORCRIM forem mandados para o paredão. Antes de pensar no futuro, precisamos fuzilar o passado.
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