Diretor do Inpe diz que Bolsonaro tomou atitude “pusilânime” e “covarde”
O diretor do Inpe, Ricardo Magnus Osório Galvão, reagiu neste sábado às declarações de Jair Bolsonaro, que ontem colocou em dúvida a veracidade dos dados divulgados pelo instituto sobre o desmatamento na Amazônia...
O diretor do Inpe, Ricardo Magnus Osório Galvão, reagiu neste sábado às declarações de Jair Bolsonaro, que ontem colocou em dúvida a veracidade dos dados divulgados pelo instituto sobre o desmatamento na Amazônia.
Em entrevista ao Estadão, Osório Galvão afirmou que o comportamento de Bolsonaro foi “pusilânime” e “covarde”.
“Ele tomou uma atitude pusilânime, covarde, de fazer uma declaração em público talvez esperando que peça demissão, mas eu não vou fazer isso. Eu espero que ele me chame a Brasília para eu explicar o dado e que ele tenha coragem de repetir, olhando frente a frente, nos meus olhos”, disse o diretor do Inpe.
Galvão falou também:
“A primeira coisa que eu posso dizer é que o senhor Jair Bolsonaro precisa entender que um presidente da República não pode falar em público, principalmente em uma entrevista coletiva para a imprensa, como se estivesse em uma conversa de botequim. Ele fez comentários impróprios e sem nenhum embasamento e fez ataques inaceitáveis não somente a mim, mas a pessoas que trabalham pela ciência deste país.”
Ontem, Bolsonaro afirmou: “Inclusive, já mandei ver quem está à frente do Inpe para que venha explicar em Brasília esses dados que foram enviados à imprensa. “Nosso sentimento é de que isso não coincide com a verdade. Parece até que [o Inpe] está a serviço de alguma ONG”.
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