O mecanismo do Foro de São Paulo
O Foro de São Paulo vai realizar em Caracas seu 25º encontro, de 25 a 28 de julho.
O Foro de São Paulo, que não existe para a maior parte da imprensa brasileira, vai realizar na Venezuela seu 25º encontro, entre 25 e 28 de julho.
Entenda neste artigo o que é Foro, qual será a agenda da reunião deste ano e como a Lava Jato descortinou (sem querer) o sistema ilícito de financiamento do grupo – integrado pelos principais partidos de esquerda da América Latina.
O Foro de São Paulo, que não existe para a maior parte da imprensa brasileira, vai realizar na Venezuela seu 25º encontro, entre 25 e 28 de julho.
A sede do evento será o Hotel Venetur Alba Caracas. Venetur é o nome da estatal venezuelana de turismo, dona de 16 hotéis e pousadas no país.
A ditadura da Venezuela gastará com cada participante 5.000 dólares. O salário médio no país é de 4 dólares.
800 convites foram distribuídos para para diversos partidos e movimentos da América Latina, do Oriente Médio, da África e de outros países – como Vietnã, Coreia do Norte e Estados Unidos.
Entenda neste artigo o que é Foro, qual será a agenda da reunião deste ano e como a Lava Jato descortinou (sem querer) o sistema ilícito de financiamento do grupo – integrado pelos principais partidos de esquerda da América Latina.
– O que é o Foro de São Paulo?
É uma organização que reúne partidos e grupos de esquerda e extrema-esquerda da América Latina, criada como um fórum de discussão para o estabelecimento de estratégias para a chegada ao poder.
Hugo Chávez foi o primeiro integrante do grupo a alcançar esse objetivo, pela via eleitoral. Lula foi o segundo.
A primeira reunião do Foro ocorreu em São Paulo (daí o nome), durante seminário organizado pelo PT para debater os “caminhos da esquerda” após a queda do Muro de Berlim.
Por “caminhos da esquerda”, entende-se a busca por alternativas de financiamento após o fim da mamata garantida por regimes socialistas e comunistas, como URSS e China.
– O que será discutido nesta semana?
Na agenda deste ano constam itens como “elaboração de um plano comum de luta” e uma “reunião de intelectuais, artistas e movimentos sociais”, além de uma mesa-redonda para discutir a “agressão imperial contra a Venezuela” de Nicolás Maduro.
Por “elaboração de um plano comum de lula”, entende-se a busca por alternativas de financiamento após o fim da mamata garantida pelos governos do PT – que assaltaram o BNDES, a Petrobras e outras estatais.
– Como a Lava Jato topou com o Foro de São Paulo?
Como O Comentarista publicou em A Lava Jato lá fora, a operação descobriu que o Petrolão criou tentáculos no exterior, a partir do financiamento (via BNDES, com juros subsidiados pelos brasileiros) de obras superfaturadas tocadas por empreiteiras amigas, como a Odebrecht.
O ‘kit corrupção’ compreendia o desvio de parte desses recursos para o financiamento de campanhas políticas de partidos do Foro.
A ditadura de Hugo Chávez – sucedido por Nicolás Maduro – foi a quarta maior cliente do BNDES entre 1998 e 2018, atrás de EUA (leia-se JBS), Argentina (casal Kirchner) e Angola (Ditadura de Santos).
A Lava Jato, que prendeu o publicitário João Santana, descobriu que o esquema liderado por Lula ajudou também a eleger o próprio Chávez (e seu sucessor), além de Mauricio Funes (El Salvador), Danilo Medina (República Dominicana), entre outros.
O Feira também comandou a campanha, de 2012, que manteve José Eduardo dos Santos no poder em Angola. Não é coincidência que Lula tenha se tornado réu em dois processos envolvendo Angola.
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