Para conselheiro nomeado por Moro, mulheres têm tara por policiais
Sergio Moro empossou no Ministério da Justiça um conselheiro que, em entrevistas, associou a homossexualidade a “desvio de conduta” e afirmou que, para a mulher é o máximo “estar dando para um policial”...
Sergio Moro empossou no Ministério da Justiça um conselheiro que, em entrevistas, associou a homossexualidade a “desvio de conduta” e afirmou que, para a mulher é o máximo “estar dando para um policial”, registra a Folha.
As declarações foram dadas pelo delegado federal aposentado Wilson Damázio, que assumiu na semana passada vaga no Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária.
O cargo de conselheiro é o mesmo oferecido em fevereiro à ativista Ilona Szabó, cuja indicação foi revogada por Moro por ordem de Jair Bolsonaro.
Em entrevista ao Jornal do Commercio em 2013, quando era secretário de Defesa Social de Pernambuco, Damázio foi questionado sobre casos de exploração sexual de meninas por policiais.
“Desvio de conduta a gente tem em todo lugar. Tem na casa da gente, tem um irmão que é homossexual, tem outro que é ladrão, entendeu?”, disse o então secretário.
Na ocasião, Damázio afirmou também que o policial “exerce um fascínio no dito sexo frágil”.
“É um negócio. Eu sou policial federal, feio pra c… A gente ia pra Floresta (sertão), para esses lugares. Quando chegávamos lá, colocávamos o colete, as meninas ficavam tudo sassaricadas. (…) Pra ela é o máximo estar dando pra um policial. Dentro da viatura, então, o fetiche vai lá em cima, é coisa de doido.”
Ele perdeu o cargo depois dessa entrevista.
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