Como enganar direitinho com o direitinho
Como dissemos na reunião de pauta, o ex-ministro do STJ Gilson Dipp era um dos convidados do Seminário sobre a Lei Anticorrupção, organizado pelo TCU. Na sua fala, criticou a lei feita no afogadilho e com regulamentação falha. A partir de certo momento, no entanto, começou a defender os acordos de leniência que a Controladoria-Geral da União quer firmar com a empreita bandida, ao largo da Justiça. Ninguém entendeu nada...
Como dissemos na reunião de pauta, o ex-ministro do STJ Gilson Dipp era um dos convidados do Seminário sobre a Lei Anticorrupção, organizado pelo TCU. Na sua fala, criticou a lei feita no afogadilho e com regulamentação falha. A partir de certo momento, no entanto, começou a defender os acordos de leniência que a Controladoria-Geral da União quer firmar com a empreita bandida, ao largo da Justiça. Ninguém entendeu nada.
Agora está explicado: Gilson Dipp estava a serviço de uma das empreiteiras do petrolão, a Galvão, por intermédio do escritório de advocacia que o contratou para emitir um parecer que tenta deslegitimar o trabalho dos procuradores da Operação Lava Jato. No seminário, Gilson Dipp não deu essa informação nem aos organizadores, nem à platéia. Estava numa situação clara de conflito de interesses, ao menos do ponto de vista ético.
Pelas cotações vigentes no mercado jurídico, o seu parecer em favor da Galvão não saiu por menos de 300 mil reais, numa estimativa bastante conservadora. Não é impossível que o valor tenha alcançado 1 milhão de reais.
Parabéns, Gilson Dipp, você nos enganou direitinho com o seu direitinho.
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