“Não é preciso talento para mercadejar votos”
O Estadão, em editorial, diz que Jair Bolsonaro terá de ceder ao fisiologismo se não for capaz de se organizar no Congresso Nacional...
O Estadão, em editorial, diz que Jair Bolsonaro terá de ceder ao fisiologismo se não for capaz de se organizar no Congresso Nacional:
“O presidente Jair Bolsonaro prometeu enfaticamente, durante a campanha eleitoral, acabar com o chamado ‘toma lá dá cá’ na relação entre o governo e o Congresso. E, de fato, suas nomeações para a formação do Ministério indicaram disposição de cumprir essa promessa, abandonando aquela prática tão nociva para a democracia, base do chamado ‘presidencialismo de coalizão’.
No entanto, assim que começou a temporada de negociações para a aprovação dos projetos de maior interesse do governo, especialmente a reforma da Previdência, duas coisas ficaram claras: que o Palácio do Planalto não tem articulação política capaz de arregimentar votos em quantidade suficiente sem recorrer ao fisiologismo; e que os parlamentares, cientes das limitações do governo, não apoiarão as reformas sem alguma forma de compensação (…).
Ao contrário do que fazem parecer alguns políticos, a atividade parlamentar pode ser limpa e praticada no melhor interesse dos cidadãos.
Para isso, no entanto, é preciso haver capacidade de diálogo e de convencimento, algo que este governo está longe de demonstrar. Talvez por isso esteja se rendendo ao recurso fácil do fisiologismo, que abastarda a política. Afinal, para usar o eufemismo do governo, não é preciso nenhum ‘talento’ especial, além da impudência, para mercadejar votos.”
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