Justiça condena homem que comparou Derrite a Hitler: “DeHitler”
Presidente do Condepe publicou imagem do secretário de Segurança em alusão ao ditador nazista
A Justiça de São Paulo condenou o presidente do Condepe (Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana de São Paulo), Adilson Santiago, pelo crime de difamação após ter comparado o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite (foto), ao ditador nazista Adolf Hitler em publicação na rede social Instagram.
Na decisão, a juíza Suzana Jorge de Ihara determinou o pagamento de R$1 mil a Derrite:
“Certo que a exposição dos fatos, da forma como realizada, com associação a Adolf Hitler, nazista e genocida, responsável pelo extermínio sistemático de milhões de pessoas, atingiu o conceito do querelante [Derrite] nos ambientes profissional e social, repercutindo de forma prejudicial”, escreveu a juíza.
A magistrada afirmou que a “liberdade de expressão é um dos pilares do Estado Democrático de Direito, mas não é um direito absoluto“.
Além disso, a magistrada destaca que Santiago ocupa um cargo relevante e “deveria ter utilizado termos objetivos e técnicos, relativos a fatos concretos, sem alterações de imagens e associações a genocidas de maneira jocosa“.
Em junho do ano passado, Santiago fez uma publicação com a imagem de Dirrete, usando o conhecido bigode referente ao ditador nazista, e escreveu uma frase dita pelo secretário:
“É vergonhoso para um policial não ter pelo menos três mortes. Guilherme ‘DeHitler’“.
A decisão ainda cabe recurso.
Tarcísio garante Derrite
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a bancar a permanência de Derrite no cargo:
“Não pretendo fazer mudanças por ora. É claro que a gente se sensibiliza com a dor dessa mãe e do pai. Eu entendo as manifestações que eles têm emitido, são perfeitamente compreensíveis e no lugar deles eu estaria procedendo da mesma forma. Existe um desejo de ver justiça, eu acho que essa justiça tem que acontecer e vai acontecer porque os responsáveis irão a julgamento. É perfeitamente compreensível e obviamente isso provoca a reflexão”, disse o governador nesta segunda-feira, 13, ao ser questionado sobre as declarações recentes de Silvia Mónica Cárdenas Prado, mãe de Marco Aurélio Cardenas Acosta, estudante morto pela Polícia Militar em 20 de novembro durante uma abordagem policial.
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