“Não sabemos onde está”, diz González sobre genro sequestrado
Rafael Tudares segue desaparecido desde que foi raptado pelas forças de Nicolás Maduro às vésperas da posse ilegítima do ditador
O presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, afirmou que o seu genro, Rafael Tudares, segue desaparecido uma semana após ter sido sequestrado pelas forças do regime chavista:
“Meus netos viveram um momento de terror quando o pai foi levado embora. Esse terror cresce a cada dia devido à sua ausência. 7 dias depois não sabemos onde ou como Rafael está. Queremos justiça e liberdade!“, publicou no X.
A filha de González, Mariana González Tudares, também apelou pela liberdade do marido:
“Hoje, 14 de janeiro, completam 7 dias desde o sequestro de meu marido Rafael Tudares Bracho por autoridades estaduais. Como esposa e mãe dos nossos dois filhos, que o viu ser levado, peço novamente a sua liberdade. Seus filhos não merecem sofrer. Um sequestro injusto e desumano!“
Mariana afirmou, na última semana, que o sequestro “é uma medida de retaliação política” ao pai, Edmundo González:
“Entendemos que o seu sequestro é uma medida de retaliação política contra o meu pai, Edmundo González Urrutia, e devemos ressaltar que aqueles feitos que se pretendem atribuir a meu pai, não podem se estender a todo o seu entorno pessoal e familiar“, escreveu em comunicado.
Sequestro
Dos Estados Unidos, González denunciou o sequestro de seu genro pelas forças de segurança do regime em 7 de janeiro.
Segundo o presidente eleito, Tudares estava deixando os filhos na escola, quando foi interceptado por agentes de Maduro:
“Esta manhã meu genro Rafael Tudares foi sequestrado. Rafael estava indo para a escola dos meus netos de 7 e 6 anos, em Caracas, para deixá-los no início das aulas, e homens encapuzados, vestidos de preto, o interceptaram, colocaram-no em um caminhão dourado, placa AA54E2C, e o levou embora. Neste momento ele está desaparecido”, escreveu o opositor no X.
Como resposta, o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, exigiu a libertação imediata de Rafael Tudares.
Para Almagro, o sequestro do gerno de González representou uma pressão às vésperas da posse ilegítima de Maduro.
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