Pierre Poilievre, líder do Partido Conservador do Canadá, é o principal candidato a suceder Justin Trudeau após sua renúncia, com eleições gerais previstas para outubro. Apesar de sua força eleitoral – 44% das intenções de voto contra 20% dos Liberais e 19% do Novo Partido Democrático –, suas posições sobre aborto e casamento homoafetivo geram debates dentro da base conservadora.

Nascido em Alberta, Poilievre, de 45 anos, foi adotado por um casal de professores e iniciou sua carreira política aos 25 anos. Ele se apresenta como defensor de uma agenda econômica voltada para cortes de impostos, redução de regulamentações e alívio financeiro para a classe média, enquanto suas posturas em temas sociais fogem do conservadorismo clássico.

Poilievre já declarou que não proporá legislações para restringir o aborto, legalizado no Canadá desde 1988, preferindo focar em políticas de apoio à adoção e às mulheres em gravidezes de risco. Em relação às uniões homoafetivas, afirmou que o casamento entre pessoas do mesmo sexo é legal e permanecerá assim sob seu governo, um posicionamento que contrasta com seu voto contrário a essas uniões no início de sua trajetória parlamentar.

Enquanto cresce como o principal nome para liderar o Canadá, Poilievre busca consolidar um discurso que mescla pragmatismo econômico e “flexibilidade” social. Se eleito, promete fortalecer a independência e soberania canadenses com um enfoque no “Canadá Primeiro”.

As eleições de outubro representarão um momento decisivo para o futuro político do Canadá e o papel do conservadorismo em um país cada vez mais polarizado.