Zuckerberg rejeita agenda identitária e exalta “energia masculina”
CEO da Meta critica radicalismo identitário e elimina programas DEI como parte de uma nova postura corporativa
O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, continua gerando manchetes ao desmantelar os programas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) da empresa e ao criticar o que chama de “neutralidade cultural” no ambiente corporativo.
Durante uma entrevista ao podcast “The Joe Rogan Experience”, ele defendeu a importância da energia masculina e afirmou que a masculinidade tem sido injustamente demonizada na sociedade.
Zuckerberg, que também é conhecido por sua paixão por artes marciais, ressaltou como essas práticas influenciaram sua visão sobre cultura e liderança. Em 2023, o CEO chegou a competir anonimamente em um torneio de jiu-jítsu, registrando-se com outro nome e usando disfarces para ocultar sua identidade.
“Só quando chamaram nossos nomes para o tatame eu tirei tudo, e o outro cara ficou tipo, ‘Hã?’. Depois que finalizei ele, ouvi a equipe dele dizendo, ‘Acho que foi o Mark Zuckerberg que acabou de me finalizar’”, contou, rindo, em recente entrevista.
O interesse do bilionário pelo MMA levou a uma aproximação com Dana White, presidente do UFC, que foi recentemente incorporado ao conselho de administração da Meta. Segundo Zuckerberg, a luta o ajudou a valorizar aspectos como energia e resiliência, características que ele considera essenciais em uma cultura corporativa identitária.
As mudanças na Meta, que incluem a eliminação de políticas DEI, foram justificadas pelo caráter politizado dessas iniciativas, que, segundo a empresa, priorizam determinados grupos em detrimento de outros. Além disso, Zuckerberg anunciou o fim das políticas de verificação de fatos, substituídas por um sistema de “Notas da Comunidade”, similar ao implementado pela rede X (antiga Twitter).
Essas decisões refletem um movimento de rejeição às políticas identitárias que têm dominado grandes corporações nos últimos anos. “Chegamos a um ponto onde a sociedade começou a dizer que ‘masculinidade é algo ruim’, e isso precisa mudar”, declarou Zuckerberg, que também criticou o impacto negativo da censura online.
A guinada ocorre em um contexto de mudanças culturais e políticas nos Estados Unidos, com outras empresas seguindo caminhos semelhantes e desmantelando iniciativas DEI. Enquanto Zuckerberg enfrenta críticas de setores progressistas, ele mantém o discurso de que está focado em recuperar a liberdade de expressão e os valores fundamentais que moldaram o sucesso inicial da Meta.
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