Oposição venezuelana promete manter pressão nas ruas: “Unidos como nunca”
Grupos opositores elevam o tom contra o regime de Nicolás Maduro após manifestação massiva na quinta-feira
A oposição venezuelana elevou o tom neste domingo, 12, contra o regime de Nicolás Maduro, depois da manifestação massiva de quinta-feira, descrita por seus líderes como prova do “colapso do regime”.
“Venezuela, a mudança é irreversível!”, escreveu o grupo Comando Con Venezuela em publicação no X. O grupo reiterou as palavras da líder María Corina Machado durante o protesto, afirmando que o “regime afundou e colapsou”.
Durante a marcha, “milhões de venezuelanos demonstraram que o medo ficou para trás, que estamos mais unidos do que nunca e que não há força que possa impedir a nossa vontade de ser livres”.
Afirmou ainda que “Maduro não poderá governar pela força um país que decidiu ser livre” e descreveu as recentes ações da ditadura como um “crime contra a Constituição e a soberania popular”, e que “nada mais fará do que condenar seu fim”.
Apelo à resistência
A oposição reforçou o apelo à resistência, convocando os venezuelanos a protestar e lutar pela democracia.
“Cada passo que damos é um grito de esperança, justiça e liberdade”, afirmou o grupo na nota.
Durante o protesto de quinta-feira, María Corina Machado foi detida. Ela afirmou que o episódio demonstra divisões internas no chavismo.
“Suas ações erráticas mostram o quanto estão fragmentados”, acrescentou.
Trump defende María Corina
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, classificou o episódio como um ataque à liberdade de expressão e exigiu a segurança de todos os manifestantes.
“Esses combatentes pela liberdade não podem ser feridos e devem permanecer seguros”, declarou o republicano, que há anos é crítico ferrenho do chavismo.
“A ativista venezuelana pela democracia María Corina Machado e o presidente eleito González estão expressando pacificamente as vozes e a vontade do povo venezuelano com centenas de milhares de pessoas se manifestando contra o regime”, afirmou Trump.
Edmundo González
O presidente eleito da Venezuela, Edmundo González Urrutia, também agradeceu a mensagem de Trump nas redes.
“Obrigado, presidente eleito, Trump! Nós, venezuelanos, sabemos que contamos com a sua determinação na causa venezuelana”, afirmou o venezuelano.
Antes, González afirmou que María Corina tinha sido sequestrada em “condições de violência” quando saía de um ato político em Chacao:
“Muito sério! “O fato de María Corina estar livre não minimiza o fato de que o que aconteceu foi ela ter sido sequestrada em condições de violência”, escreveu no X.
Coerção
Nas redes sociais, a equipe de campanha de María Corina Machado, Comando Con Venezuela, publicou que ela foi obrigada a gravar vários vídeos, antes de ter sido libertada pelas forças de segurança do regime chavista:
“Hoje, dia 9 de janeiro, saindo da concentração de Chacao, Caracas, María Corina Machado foi interceptada e derrubada da motocicleta que dirigia. Armas de fogo detonadas no evento. Eles a levaram embora à força. Durante o período do sequestro, ela foi obrigada a gravar vários vídeos e posteriormente foi libertada”, afirmou no X.
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