Florianópolis é a única ‘lixo zero’ do país
Florianópolis se destacou ao se tornar a primeira cidade brasileira com a meta lixo zero. Conheça as iniciativas de sucesso da cidade de Santa Catarina para alcançar esse objetivo.
Florianópolis, capital de Santa Catarina, destacou-se nacionalmente como a primeira cidade do Brasil a adotar a meta de se tornar lixo zero. Desde 2018, a cidade se empenha em reduzir o volume de resíduos destinados a aterros, com a ambiciosa meta de cortar 90% da matéria orgânica e 60% dos materiais recicláveis até 2030. Embora para muitos essa meta possa parecer ousada, gestores e cidadãos da cidade a veem como uma jornada coletiva rumo à sustentabilidade.
O êxito desse projeto depende da colaboração de toda a sociedade, desde a administração pública até os moradores. A participação dos condomínios é essencial. No condomínio de Aretuza Fernandes Basso, por exemplo, a implementação de um sistema eficiente de descarte de resíduos transformou a perspectiva sobre lixo. Isso levou à criação de uma verdadeira central de resíduos, onde cada material é cuidadosamente separado e destinado.
O Papel da Coleta Seletiva em Florianópolis
A coleta seletiva é essencial para alcançar o lixo zero em Florianópolis. Implementada em toda a cidade, permite que os moradores depositem materiais em diversos pontos de coleta. A cidade possui 296 pontos para vidro, um material fácil de reciclar, mas perigoso de manusear. Toneladas desse material são coletadas mensalmente, mostrando o compromisso da população e da gestão pública.
O isopor é outro desafio na reciclagem. Florianópolis estabeleceu dez pontos de coleta para isopor, que é enviado a fábricas especializadas como a em Braço do Norte, onde se transforma em produtos valiosos como rodapés, revelando o potencial de transformação de resíduos geralmente considerados sem utilidade.
Contribuição da Compostagem ao Projeto
A compostagem doméstica também é crucial para o projeto de lixo zero em Florianópolis. A cidade incentiva os habitantes a gerenciar seus resíduos orgânicos usando composteiras fornecidas gratuitamente, equipadas com minhocas. As minhocas convertem os resíduos em húmus de alta qualidade, utilizado na jardinagem urbana. Mais de 1.600 composteiras foram distribuídas, com residentes capacitados através de cursos oferecidos pela cidade.
Iniciativas Comunitárias e Educação Ambiental
Educar a população sobre a gestão responsável dos resíduos é vital para o sucesso do projeto. Através de workshops e programas educativos, moradores são informados sobre práticas sustentáveis. Exemplos como o de Renato Figueiredo, voluntariamente atuando como consultor de compostagem para vizinhos, ilustram o impacto positivo da educação ambiental na comunidade.
Essas iniciativas promovem uma consciência coletiva sobre a importância das ações individuais na redução de resíduos. A sustentabilidade se integra ao cotidiano dos cidadãos, que passam a ver o gerenciamento de resíduos como uma responsabilidade compartilhada por um futuro mais limpo e sustentável para a cidade.
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