ONG culpa regime de Maduro por desaparecimento de ativista
Carlos Correa é diretor executivo da ONG venezuelana Espacio Público, que defende liberdade de expressão e direito à informação
A ONG venezuelana Espacio Público informou neste sábado, 11, desconhecer o paradeiro de seu diretor executivo, Carlos Correa, e responsabilizou o regime do ditador Nicolás Maduro pelo desaparecimento do ativista desde terça-feira.
A organização, que defende a liberdade de expressão, o direito à informação e a responsabilidade social, acredita que o desaparecimento de Correa faz parte de uma perseguição política.
Em publicação na rede social X, a Espacio Público afirmou que o caso representa uma tentativa do governo venezuelano de silenciar o trabalho da sociedade civil.
Na quarta-feira, Mabel Calderín, esposa do ativista, foi ao Palácio da Justiça de Caracas para tentar descobrir o paradeiro de Correa, que, segundo ela, foi “interceptado” ao sair de seu escritório.
Mabel afirmou que o marido possui uma “condição de saúde especial” e precisa de medicação para hipertensão, problemas respiratórios e tratamento regular nas áreas de endocrinologia e dermatologia.
Disse ainda que Correa “não cometeu nenhum crime” e pediu sua libertação “o mais rápido possível”, alegando que “não há razão para mantê-lo escondido ou desaparecido”.
O desaparecimento de Correa ocorreu no mesmo dia em que sete políticos da oposição foram detidos, incluindo o ex-candidato presidencial Enrique Márquez, e genro do líder da oposição Edmundo González Urrutia, Rafael Tudares.
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Ditadura sequestra chefe de campanha da oposição
Na sexta-feira, 10, a ditadura de Nicolás Maduro sequestrou um dos chefes de campanha do grupo Comando Con Venezuela Noel Álvarez.
De acordo com a equipe, o número 2 de Maduro, Diosdado Cabello, classificou Álvarez como “terrorista”:
“Noel Álvarez, chefe do Comando de Campanha ConVzla em Miranda, foi sequestrado esta tarde,10 de janeiro , por funcionários do SEBIN. Na última quarta-feira, o dirigente foi citado por Diosdado Cabello em seu programa “Con El Mazo Dando”, no qual o qualificou como terrorista e ordenou a aplicação da “Operação Tun Tun”. O regime é responsável por tudo o que aconteça à sua integridade física. Exigimos informações sobre seu paradeiro e sua libertação imediata“, escreveu Comando con Venezuela no X.
Álvarez presidiu a Fedecámaras (Federação de Câmaras e Associação de Comércio e Produção da Venezuela) entre os anos de 2009 e 2011.
Ele organizou ainda da campanha da líder oposicionista, María Corina Machado, que foi sequestrada e libertada pelo regime chavista na última quinta, 9.
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