Nem o Neymar disse na cara da mulher que homem gosta mais de amante
Lula conseguiu o impensável: dizer em rede nacional que “homem gosta mais de amante do que da própria mulher”, na frente da esposa, e ninguém soltou um pio. Cadê as feministas? Cadê as lacradoras das redes sociais? O gato comeu a língua de quem normalmente transforma qualquer frase em trending topic. Agora pense comigo: e...
Lula conseguiu o impensável: dizer em rede nacional que “homem gosta mais de amante do que da própria mulher”, na frente da esposa, e ninguém soltou um pio. Cadê as feministas? Cadê as lacradoras das redes sociais? O gato comeu a língua de quem normalmente transforma qualquer frase em trending topic.
Agora pense comigo: e se fosse o Bolsonaro? Ou o Temer? Ou até o FHC? Já imaginou o caos? Especial no Fantástico, textões inflamados e até mesa redonda para discutir masculinidade tóxica. Mas, vindo do “pai da democracia”, silêncio total.
Nem Neymar mandou uma dessas. Jogador de futebol, sertanejo, o mais sem-noção dos sem-noções sabe o limite. Mas Lula foi lá, ignorou todos os freios sociais e soltou essa pérola na cara da própria esposa. Dá até vontade de perguntar: o que houve com a primeira-dama empoderada? Janja, a feminista, virou espectadora silenciosa de um dos comentários mais machistas já registrados na política brasileira.
E pensar que, ao aceitar ser “primeira-dama”, já se colocava em uma posição de subalternidade, mas tudo bem, cada um com suas escolhas. Agora, querer conciliar feminismo com “meu boy” que diz que prefere a amante é complicado, né?
E não é só sobre Janja ou sobre essa frase, é sobre o padrão. Lula investe pesado em dissonância cognitiva nos pronunciamentos públicos.
Na mesma semana em que celebra a “festa da democracia” no dia 8 de janeiro, manda representante para a posse do Maduro, líder que nem os aliados de esquerda da América Latina querem mais na foto. O Chile e o Paraguai tiraram seus embaixadores, mas o Brasil está lá, segurando vela para um casamento que já acabou faz tempo. A dissonância cognitiva é tão grande que chega a dar um nó na cabeça: de um lado, o discurso apaixonado pela democracia, de outro um abraço simbólico ao autoritarismo.
E sobre a tal festa da democracia? Flopou, obviamente. Comemorar um golpe fracassado enquanto os supostos mandantes continuam soltos é um evento tão estranho quanto a própria celebração. A cena lembra Janja ouvindo a frase sobre amantes: começou empoderada e terminou sem reação, tentando manter a pose.
O que temos aqui é um governo que fala de democracia enquanto tropeça em suas próprias contradições. Fala de respeito à mulher enquanto humilha publicamente a figura que deveria simbolizar sua maior parceria. O resultado? Uma sequência de cenas que misturam constrangimento, falta de noção e um Brasil que fica só olhando, sem saber se ri ou chora.
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