Publicação de diplomata contra soldado israelense põe Vieira na mira do Senado
Cláudia Assaf, lotada atualmente na Embaixada do Brasil em Mascate, disse que soldado israelense é "criminoso de guerra" e que simpatizantes a Israel são "nazissionistas"
O senador Magno Malta (PL-ES) protocolou um requerimento à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado pedindo a convocação do ministro das Relações Exteriores, embaixador Mauro Vieira. O objetivo é esclarecer declarações feitas pela diplomata Cláudia Assaf em sua conta no Instagram, que geraram ampla repercussão e indignação no meio da comunidade israelita no Brasil.
Cláudia Assaf, especialista em temas do Oriente Médio e lotada atualmente na Embaixada do Brasil em Mascate, Omã, usou a rede social para expressar opiniões sobre o conflito entre Israel e o Hamas, com foco no soldado israelense, Yuval Vagdani, que, recentemente, visitou o Brasil.
“Soldado israelense, criminoso de guerra, tenta sair do Brasil, assassinou civis inocentes e veio farrear no Brasil. Sua última localização conhecida é morro de São Paulo, Bahia”, publicou.
Antissemitismo
Segundo Malta, as declarações contêm “comentários antissemitas e acusações graves“. O parlamentar defende que convocação de Vieira se faz necessária para esclarecer o contexto das falas de Assaf e as responsabilidades que elas envolvem, em um momento de sensibilização internacional sobre o tema.O requerimento ainda destaca que Assaf se referiu ao governo israelense como “regime nazissionista”.
“O que os nazissionistas não sabem é o que tal anão diplomático é, na verdade, um gigante jurídico”, publicou a diplomata.
As declarações teriam ocasionado preocupações sobre a possível interpretação dessas opiniões como posições oficiais do governo brasileiro, podendo comprometer a neutralidade do país e suas relações diplomáticas.
No texto protocolado, Malta destaca o currículo de Cláudia Assaf. Ela já serviu nas embaixadas do Brasil no Catar, Arábia Saudita, Kuwait e Bahrein, além de integrar a missão brasileira junto às Nações Unidas em Nova York.
Conib
Essa não é a primeira vez que a diplomata se vê envolvida em controvérsias relacionadas ao antissemitismo. No ano passado, a Confederação Israelita do Brasil ajuizou uma notícia-crime contra ela, acusando-a de manifestações racistas em suas redes sociais durante o conflito Israel-Hamas.
O episódio gerou novos questionamentos sobre a conduta de Assaf, que, segundo a Confederação Israelita, teria feito declarações antissemitas ao comentar sobre a guerra.
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