Bolsonaro celebra convite de Trump para posse
Ex-presidente diz que seu advogado já pediu ao ministro Alexandre de Moraes a liberação de seu passaporte para "poder atender a este honroso e importante evento histórico"
O ex-presidente Jair Bolsonaro (à esquerda na foto de 2020) anunciou que foi convidado para a posse de Donald Trump (à direita na foto) como presidente dos Estados Unidos, que vai ocorrer em 20 de janeiro.
“Muito honrado em receber do Presidente dos EUA, Donald Trump, convite para a sua posse e de seu Vice Presidente JD Vance, no próximo dia 20/JAN”, disse Bolsonaro em mensagem publicada no X,
“Agradeço a meu filho, o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, pelo excelente trabalho nesta relação com a família do Presidente Donald J. Trump”, seguiu o ex-presidente, cujo passaporte está detido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por conta das muitas investigações de que é alvo.
“Meu Advogado, Dr. Paulo Bueno, já encaminhou para o Ministro Alexandre de Moraes pedido para eu reaver meu passaporte e assim poder atender a este honroso e importante evento histórico”, finalizou Bolsonaro.
“Donald Trump certamente se identifica“
Junto com a mensagem, o ex-presidente compartilhou um vídeo no qual Eduardo diz que Bolsonaro é investigado por participação no 8 de janeiro de 2023, por tentativa de golpe de Estado, “num dia em que não foi dado nenhum disparo, onde não foi apreendida nenhuma arma, onde foram presas senhoras como Iraci Nagashi, de 71 anos de idade, dentre outras mães de família”.
Segundo o deputado, “Donald Trump certamente se identifica com Jair Bolsonaro nesse sentido, porque, ele, lá nos Estados Unidos, também foi vítima de uma perseguição, de um ativismo judicial nojento, repugnante, baixo, sem escrúpulos”.
Eduardo destacou que Bolsonaro estava nos Estados Unidos no 8 de janeiro de 2023, para negar que o ex-presidente tenha participado de uma tentativa de golpe de Estado há exatos dois anos.
Transição tranquila?
“Querer nos fazer crer que esse período, num domingo, de janeiro, tentou-se dar um golpe de Estado utilizando-se de velhinhas e pessoas desarmadas, num momento em que Bolsonaro já não era mais comandante supremo das Forças Armadas, não tinha qualquer tipo de relação com a diretoria-geral da PF, e, diga-se de passagem, fez a transição de maneira tranquila e pacífica para o governo Lula, nomeando, inclusive, o seu comandante geral de Exército antes da saída de Bolsonaro da presidência”, comentou o deputado.
A transição não foi tão tranquila assim, pois Bolsonaro deixou o país antes da posse de Lula, sem passar a faixa para o sucessor, e em meio a protestos de seus apoiadores em frente a quartéis, para pedir intervenção militar contra a posse de Lula.
“Agora, vamos ver qual vai ser o posicionamento de Alexandre de Moraes, pois o advogado de Jair Bolsonaro, doutor Paulo Bueno, naturalmente enviará oficio a Alexandre de Moraes para saber se Bolsonaro pode ter de volta o seu passaporte para estar junto com Donald Trump, o presidente da maior potência econômica e bélica do mundo no dia 20 de janeiro”, finaliza Eduardo, acrescentando:
“Que Deus ilumine a cabeça das autoridades brasileiras e não faça a nossa — já não dá para falar democracia —, mas esse sistema repugnante de uma pessoa que se diz vítima, julgador e acusador, impeça que o presidente Jair Bolsonaro sequer possa fazer política.”
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