A "putinização" da Europa Central ameaça a Europa, diz revista
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A “putinização” da Europa Central ameaça a Europa, diz revista

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Alexandre Borges
2 minutos de leitura 08.01.2025 07:36 comentários
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A “putinização” da Europa Central ameaça a Europa, diz revista

Herbert Kickl, líder do Partido da Liberdade da Áustria, pode se tornar chanceler em meio à crescente influência de governos pró-Rússia na região.

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Alexandre Borges
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A “putinização” da Europa Central ameaça a Europa, diz revista
Foto: Reprodução/Instagram

Segundo a revista The Economist, a Europa Central enfrenta uma nova onda de mudanças políticas que desafiam a estabilidade da União Europeia.

Herbert Kickl, líder do Partido da Liberdade (FPö) da Áustria, está próximo de assumir o cargo de chanceler após o colapso de tentativas de uma coalizão entre partidos centristas. Essa possível ascensão marca um avanço de lideranças nacionalistas e céticas em relação ao bloco europeu.

Com 29% dos votos obtidos nas eleições de setembro de 2024, o FPö tenta formar uma coalizão com o Partido Popular Austríaco (ÖVP), de centro-direita. No entanto, o ÖVP enfrenta a pressão de moderar algumas das propostas mais polêmicas de Kickl, como a defesa de uma “Fortaleza Austríaca” contra imigrantes. Caso as negociações fracassem, novas eleições podem ser convocadas, e pesquisas indicam que o FPö poderia ampliar sua base de apoio.

Esse movimento na Áustria não está isolado. A Hungria, liderada por Viktor Orbán, já consolidou um regime com tendências autoritárias e pró-Rússia. Na Eslováquia, Robert Fico voltou ao poder em um contexto semelhante. Já na República Tcheca, há a possibilidade do retorno ao governo de Andrej Babiš, reforçando uma aliança política na região que desafia os princípios democráticos europeus.

Enquanto isso, países como Polônia e os Estados Bálticos continuam firmes contra a influência russa, condenando Vladimir Putin como um autoritário perigoso. Já as nações mais distantes do conflito, como Áustria e Hungria, frequentemente justificam suas posições com apelos a valores “tradicionais” e narrativas de soberania nacional, evitando sanções ou ações firmes contra Moscou.

A chegada de Herbert Kickl ao poder reforçaria essa tendência, que pode minar a coesão da União Europeia. Com a guerra na Ucrânia entrando em seu quarto ano e a necessidade de unidade diante de ameaças autoritárias, o avanço dessa agenda coloca em xeque a capacidade do bloco de preservar seus valores democráticos em um momento decisivo para o continente.

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