São Paulo confirma caso de febre amarela em macacos
Artigo sobre o papel dos primatas no monitoramento da febre amarela em São Paulo e medidas de prevenção e vacinação.
No final de dezembro e início de janeiro de 2025, quatro macacos bugios foram encontrados mortos em uma área de mata na Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto. Exames laboratoriais realizados pelo Instituto Adolfo Lutz confirmaram a presença do vírus da febre amarela nos primatas.
É crucial destacar que os macacos não transmitem a febre amarela diretamente aos seres humanos. A transmissão ocorre por meio de mosquitos silvestres presentes em áreas de mata. Com base nesses achados, a vigilância em saúde foi intensificada na região e 55 mil doses da vacina foram realocadas para o Grupo de Vigilância Epidemiológica de Ribeirão Preto.
O Papel dos Macacos no Monitoramento da Febre Amarela
Os primatas são fundamentais para a vigilância da febre amarela, atuando como indicadores da presença do vírus. Eles são considerados sentinelas, pois sua infecção sinaliza a circulação do vírus na área. Com essas informações, as autoridades de saúde podem planejar e adotar medidas preventivas de forma eficaz.
Recomenda-se que qualquer pessoa que encontre macacos mortos entre em contato imediatamente com as autoridades sanitárias. Essas informações são cruciais para garantir uma resposta rápida e direcionada ao problema.
Ciclos de Transmissão da Febre Amarela
A febre amarela é causada por um vírus transmitido por mosquitos e possui dois ciclos de transmissão: urbano e silvestre. No ciclo urbano, mosquitos como o Aedes aegypti são os transmissores. No ciclo silvestre, os principais vetores são os mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, afetando principalmente visitantes de áreas rurais e florestais.
Embora o Brasil não registre casos de febre amarela urbana desde 1942, os episódios da doença continuam a ocorrer no ciclo silvestre. Áreas de mata, trilhas e acampamentos são locais de maior risco para visitantes desavisados.
A Importância da Vacinação contra a Febre Amarela
A vacina contra a febre amarela é a principal forma de prevenção contra a doença. Desde 2017, o Brasil adota a estratégia de uma dose única, suficiente para conferir imunidade ao longo da vida. A vacinação é recomendada para moradores de áreas endêmicas e para aqueles que planejam viajar para essas regiões.
Pessoas que pretendem visitar áreas de risco devem se vacinar com pelo menos 10 dias de antecedência para garantir a proteção imunológica necessária.
- Residentes e viajantes de áreas endêmicas devem se vacinar.
- A vacina está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).
- Informar as populações locais sobre a importância da prevenção é essencial.
A prevenção continua sendo a estratégia mais eficaz contra a febre amarela, com a vacinação desempenhando papel crucial nessa luta. As autoridades seguem monitorando áreas de risco e intensificando as ações de saúde pública sempre que necessário.
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