Gonet se opõe à soltura de general investigado por plano contra Moraes
Em parecer ao Supremo, PGR refutou defesa do general, alegando que não houve apresentação de novos fatos que justifiquem revisão da prisão
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se opôs à revogação da prisão preventiva do general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência. Acusado pela Polícia Federal de ser o responsável pela elaboração de um plano para matar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin, Fernandes segue preso preventivamente.
Em seu parecer enviado ao Supremo, Gonet refutou os argumentos da defesa do general, alegando que não houve apresentação de novos fatos capazes de contestar a legalidade da prisão.
“A situação fática e jurídica que levou à prisão preventiva de Mário Fernandes não foi alterada, e não há qualquer elemento novo nos autos que justifique uma mudança na decisão proferida pelo ministro relator”, afirmou o procurador.
Articulador
O general, que foi o número dois da Secretaria-Geral da Presidência, é apontado pela Polícia Federal como um dos principais articuladores do plano, denominado “Punhal Verde e Amarelo”, que, segundo a investigação, foi impresso por ele no Palácio do Planalto. Após os assassinatos, o plano previa a criação do “Gabinete Institucional de Gestão da Crise”, que deveria ser ativado em 16 de dezembro de 2022.
Fernandes teve prisão confirmada em operação da PF no mês passado. Segundo a PF, ele seria responsável por entrar em ação após a execução do plano elaborado pelos militares envolvidos.
Defesa de Fernandes
O advogado de Fernandes negou envolvimento do general no suposto esquema golpista, assegurando que o plano “não foi entregue a ninguém.”
“Se alguém encontrar essa minuta física com qualquer pessoa, me destituo da defesa. Ninguém teve acesso à minuta. Ela não foi entregue a ninguém”, disse o advogado Marcus Vinicius Figueiredo. O advogado também negou qualquer ligação do militar com o grupo dos “kids pretos”, das Forças Especiais do Exército, que monitoraram os passos do ministro Moraes em Brasília.
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