O movimento Fatah decidiu encerrar as atividades do canal de notícias Al Jazeera, na Cisjordânia, após o que chamou de “cobertura tendenciosa” sobre operações da Autoridade Palestina contra terroristas da Jihad Islâmica filiados ao grupo terrorista do Hamas no campo de refugiados de Jenin.

“A todos os funcionários da Al Jazeera que trabalham em territórios palestinos, esperamos que reflitam sobre suas ações e renunciem a este canal tendencioso que destruiu e continua a destruir o mundo árabe“, escreveu.

No comunicado, a Autoridade Palestina disse ainda que o canal catari “inunda a mídia com mentiras” e acusou o “veículo de comunicação de se aliar a um grupo de mercenários em Jenin“.

Funcionários da Al Jazeera foram impedidos de acompanhar o funeral de um oficial palestino morto na Cijsordânia nesta semana.

“Hipocrisia”

O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), major Rafael Rozenszajn, publicou nas redes sociais um vídeo em que mostra soldados da Autoridade Palestina dentro de um hospital de Jenin.

“Vocês escutaram sobre essa operação no hospital em Jenin, nos últimos dias?

Com certeza, não! Sabem por que? Porque ela está em sendo realizada por soldados da autoridade palestina contra terroristas do Hamas. As críticas surgem somente quando Israel está envolvida.

Hipocrisia!“, escreveu.

Em outubro, o exército israelense publicou documentos encontrados na Faixa de Gaza que mostram seis jornalistas da Al Jazeera combatendo pelas organizações terroristas Hamas e Jihad Islâmica.

“Esses documentos são prova do envolvimento de terroristas do Hamas na rede de mídia do Catar Al-Jazeera”, afirmaram as FDI em comunicado.

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“Megafone do Hamas”

Segundo o presidente do Instituto de Pesquisa de Mídia do Oriente Médio (MEMRI, na sigla em inglês),Yigal Carmon, a Al Jazeera é o “megafone do Hamas“:

“O Catar deu a eles um canal 24 horas por dia. A guerra começou com uma declaração de guerra na Al Jazeera na manhã do sábado, 7 de outubro“, disse Yigal Carmon ao Crusoé Entrevistas.

Sediada em Washington, o MEMRI monitora mais de 100 veículos de notícias árabes e islâmicos diariamente.

Quando apresentadores ou entrevistados destilam antissemitismo ou outras barbaridades, os analistas do MEMRI traduzem as mensagens e as publicam no site do instituto e em suas redes sociais.

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