A briga entre Camila Jara e policiais no Mato Grosso do Sul
Deputada petista publicou imagens do ocorrido e se reuniu com Secretário de Segurança Pública para denunciar envolvidos
Circulam na internet imagens da deputada Camila Jara (PT-MS) em uma discussão com a Polícia Militar do Mato Grosso do Sul. Nas redes sociais, a parlamentar compartilhou registros do momento em que interpelou uma viatura durante uma abordagem a proprietários de bares na rua 14 de Julho, em Campo Grande.
O ocorrido no último sábado, 21, gerou elogios de apoiadores, mas também críticas de internautas e páginas voltadas a temas de segurança pública.
Camila Jara responde
A O Antagonista, a deputada afirmou que se encontrou nesta terça-feira, 24, com o comandante da Polícia Militar do Estado, Renato dos Anjos Garnes, e o secretário de Segurança Pública,Antonio Carlos Videira, e apresentou imagens do ocorrido. Segundo a parlamentar, durante a abordagem, os policiais desceram da viatura, com armas direcionadas a ela e aos comerciantes.
“Passei o nome dos policiais envolvidos na operação e passei as imagens que eu tinha. Eles vão tratar internamente na Corregedoria da Polícia”, disse a deputada.
A parlamentar disse que policiais tem abordado, com violência, os comerciantes da rua 14 de Julho. “Já teve ação, no dia 5, em que eles abordaram os donos do bar, no samba do trabalhador, e levaram o som. Tinha criança, chegaram portando armas grandes”, detalhou. A parlamentar diz que já tratou do assunto com o governador do Estado, Eduardo Riedel (PSDB).
Carteirada ou defesa do comércio?
Camila Jara rebateu a informação de que estaria embriagada durante a ação. No Instagram, ela publicou: “Um policial desceu da viatura com a arma em punho e ia em direção aos civis que estavam no bar. Ele deu de cara comigo na porta da viatura. De ímpeto, questionei o motivo da operação e da arma. Quando me identifiquei como deputada federal, ele a abaixou“.
E completou: “O que aconteceu depois foi um exemplo do que muitas pessoas tem presenciado há semanas: ações que parecem ser direcionadas, uma espécie de “toque de recolher extraoficial” aos comerciantes e frequentadores do local.Tais ações não são vistas com a mesma força e frequência em outros bares de ruas elitizadas”.
O Antagonista solicitou à PMMS a versão da corporação sobre a ocorrência envolvendo a parlamentar e está aguardando uma resposta.
A crítica dos internautas
A reação da parlamentar foi alvo de críticas de internautas, que consideram que sua intervenção pode limitar a atuação dos policiais e aumentar a sensação de insegurança na população.
“A senhora ao invés de militar em rede social poderia fazer algo de útil para comerciantes da 14”, disse um internauta.
“Por coincidência, tinha um fotógrafo no mesmo local, no mesmo momento e no ângulo perfeito”, criticou um usuário do Instagram.
“Deixa sem polícia para levarem a bolsa, as joias e o iphone 16 dela”, publicou uma seguidora da página Firmino Cortada, que também repercutiu o fato.
“Nem todo petista, mas sempre um petista”, escreveu outro internauta.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (1)
MARCOS
24.12.2024 15:34A POLÍCIA DEVE PARAR DE SER POLÍCIA E DEIXAR O CRIME DOMINAR. AÍ ELES VÃO PEDIR SOCORRO PARA QUEM? PARA A POLÍCIA.