A queda da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que conectava os estados de Tocantins e Maranhão, já contabiliza quatro vítimas fatais.

Até a manhã desta terça-feira, 24 de dezembro, véspera de Natal, foram encontrados os corpos de Lorena Ribeiro Rodrigues, de 25 anos, de Lorrane Sidrônio de Jesus, uma menina de apenas 11 anos, Kecio Francisco Santos Lopes, motorista de caminhão, e de uma quarta vítima não identificada. Ainda há 13 desaparecidos.

A Marinha intensificou as operações de busca no rio Tocantins, destacando a necessidade de cuidados adicionais para a segurança dos mergulhadores e equipes envolvidas nas buscas.

A precaução é necessária pela presença de caminhões carregados com defensivos agrícolas e ácido sulfúrico, que também caíram nas águas, o que levou à interrupção temporária das atividades de mergulho no domingo, 22.

Reconstrução

Na tentativa de mitigar os impactos da tragédia, o governo federal anunciou a liberação de um decreto emergencial que destina 100 milhões de reais para a reconstrução da ponte.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou que será necessário demolir os restos da estrutura colapsada antes de iniciar a construção da nova ponte.

A previsão do Dnit é que o processo leve aproximadamente 12 meses para ser concluído. O ministro dos Transportes, Renan Filho, que viajou para o local do incidente, prometeu a reconstrução da ponte em menos de um ano.

O Dnit divulgou a seguinte nota:

“No momento, a autarquia decretou situação de emergência para facilitar os trâmites burocráticos para a atuação das equipes, incluindo a demolição da estrutura existente. O Dnit prevê realizar de forma imediata a contratação de uma nova estrutura. O órgão dispõe de todos os recursos técnicos e financeiros para a reconstrução da estrutura. O prazo estipulado para a entrega da obra é de 12 meses. O custo estimado está entre R$ 100 a R$ 150 milhões para as ações de  reconstrução.”

Outras pontes

Levantamento realizado pela Folha de S.Paulo indica que o Brasil tem ao menos 727 pontes administradas pelo Dnit classificadas nas categorias crítica ou ruim — 130 delas na pior condição possível, e as outras 597 na categoria ruim.

Esses mesmos relatórios indicam que o Dnit conhecia a situação da ponte que se rompeu desde 2019.

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