Crusoé: Presidente iraniano admite crise energética
"Estamos enfrentando desequilíbrios graves no gás, eletricidade, água, dinheiro e meio ambiente", afirmou Masoud Pezeshkian
Apesar de ser um dos maiores fornecedores de gás natural e petróleo do mundo, o Irã enfrenta uma grave crise energética.
Desde a última semana, a maior parte o país opera em estado de paralisação total.
O presidente Masoud Pezeshkian (foto, à direita) admitiu que o Irã está “próximo de entrar em uma crise”:
“Temos que pedir desculpas ao povo. Estamos enfrentando desequilíbrios graves no gás, eletricidade, água, dinheiro e meio ambiente”, disse em discurso televisionado.
Desde a última semana, as ruas da capital Teerã estão quase completamente apagadas, incluindo os semáforos, o que tem gerado um caos no trânsito.
Nas escolas, algumas crianças tiveram suas aulas canceladas por falta de energia elétrica.
No inverno, o povo iraniano tem passado frio já que o fornecimento de gás não chega para todos.
Segundo Seyed Hosseini, membro do comitê de energia da Câmara de Comércio, o regime teve que fechar os polos industriais para evitar o corte de gás nas residências iranianas.
“A política do governo é evitar a todo custo o corte do gás e do aquecimento nas residências”, disse ao The New York Times.
A estimativa é de que o fechamento das indústrias atinja até 50% da produção nacional, segundo o Conselho de Coordenação das Indústrias.
Crise
O colapso energético no Irã é reflexo de uma série de fatores domésticos e internacionais.
Além das sanções, o regime enfrenta uma crise em função da má gestão pública, infraestruturas antigas, consumo excessivos e da participação nas guerras contra Israel.
Em fevereiro, os israelenses destruíram dois importantes gasodutos iranianos.
O Ministério do Petróleo teve que recorrer a reservas de emergência que, no momento, estão acabando.
A causa imediata, contudo, ocorre…
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