“Não revelarei nem o dia nem o modo como retornarei”, diz González
O presidente eleito da Venezuela, Edmundo González, reafirmou nesta segunda-feira, 23 de dezembro, que possui pleno direito de retornar ao seu país
O presidente eleito da Venezuela, Edmundo González, reafirmou nesta segunda-feira, 23 de dezembro, durante um evento promovido pela organização Nova Economia Forum em Madrid, que possui pleno direito de retornar ao seu país. Ele destacou que não enfrenta “restrição alguma para voltar a Venezuela”.
González, que deixou a Venezuela após as eleições de 28 de julho devido à pressão do regime ditatorial de Nicolás Maduro, abordou as condições de seu retorno e os planos para seu governo, que terá início no dia 10 de janeiro: “Não revelarei nem o dia nem o modo como retornarei”, declarou ele.
Durante sua intervenção, o presidente eleito apresentou as reformas econômicas e financeiras que pretende implementar. “Pretendemos substituir o estado predador por um estado a serviço do cidadão. Um estado sem controles abusivos, capaz de liberar todas as forças cooperativas dentro de uma economia social de mercado”, afirmou González.
Ele também enfatizou que o orçamento do novo governo será direcionado para enfrentar a emergência humanitária e para a reconstrução da infraestrutura do país. Além disso, González mencionou a importância de restaurar a independência institucional e a capacidade técnica do Banco Central da Venezuela.
Em sua fala, destacou ainda a necessidade de aumentar as reservas internacionais através da reintegração da Venezuela no sistema financeiro global. Ele assegurou que as condições da dívida pública serão renegociadas com organismos multilaterais e credores nacionais.
O atual presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor das eleições de julho pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE). No entanto, este resultado nunca foi respaldado por documentos oficiais. Todos sabem que se trata de uma fraude.
A oposição, por sua vez, liderada por María Corina Machado, divulgou mais de 80% das atas eleitorais acessadas no dia da votação, indicando que Edmundo González Urrutia obteve 67% dos votos.
Natal na extrema pobreza
A população venezuelana enfrenta um cenário desolador que impede a celebração de um Natal feliz, em meio à profunda crise humanitária que assola o país.
Durante uma entrevista no programa La Tarde da NTN24, o economista Aldo Contreras trouxe à tona dados alarmantes sobre a situação econômica do país:
“Atualmente, cerca de 53% da população vive em condições de pobreza extrema”, informou Contreras. O economista destacou que essas pessoas sobrevivem com rendimentos extremamente baixos, recebendo cerca 1,8 dólares por mês.
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